domingo, 23 de março de 2008

Volta, Rubinho

Após o término de duas entre dezoito corridas da temporada da F1, quase todos já perderam a paciência com Felipe Massa. A imprensa, que por incrível que pareça, já contesta suas atitudes; os torcedores brasileiros, sedentos por bons resultados de seu compatriota, ainda mais em uma equipe de ponta; e, provavelmente, a própria Ferrari, que já deu a Massa várias oportunidades de comprovar seu talento.

O Grande Prêmio da Malásia ilustrou quase que perfeitamente as características do piloto tupiniquim. Nos treinos, Felipe exibiu uma bela atuação e cravou a pole. Já na corrida, enquanto tudo ocorria bem, o piloto não cometia erros e tocava a liderança com certa tranqüilidade. Porém, foi só deparar-se com Kimi Raikkonen contornando a curva 1 à sua frente, após o pit stop, que Massa perdeu o controle.

A distância entre os dois aumentava a cada volta. Felipe fora iscado perfeitamente na estratégia de Raikkonen, à lá Schumacher, e mostrou claros sinais de desconcentração. A prova disso foi o abandono, logo após rodar e ser vitimado pela caixa de brita, algumas voltas depois.

É hora de deitar em uma rede e refletir, durante cinco minutos, quinze, trinta ou cinco horas. O quanto for necessário. Para vencer na F1 atual, é preciso constância a cada etapa, e não tentar ser o melhor em todas elas.

Pelo menos por enquanto, Massa não percebeu que guia para uma equipe de ponta. A escuderia de Maranello é a mais respeitada no mundo automobilístico, e é necessária muita responsibilidade para guiar uma Ferrari.

Em tempo: Rubens Barrichello raramente cometia as diversas falhas obtidas por Felipe Massa. E olha que seu companheiro de equipe era ninguém menos que Michael Schumacher.

Anotem aí

Se Romain Grosjean não faturar o título da Asian GP2 2008, veremos neve em Rondônia.

Na SpeedCar Series, meu palpite vai para Jean Alesi, não só pela experiência, mas também pelo seu talento.

Mas se o ex-ferrarista perder, os habitantes rondonienses não precisam entrar em pânico em busca de agasalhos de inverno.

F3 Inglesa: tem pupilo fazendo a festa

Nesta segunda, serão realizadas as duas baterias iniciais do campeonato britânico de Fórmula 3. Como a coluna que vossa senheria lê foi fechada no domingo à noite, ainda não sei a quantas terminaram as duas corridas.

Só sei que tem um espanhol de 18 anos, estreante na categoria, que marcou a pole para ambas as baterias. Seu nome? Jaime Alguersuari. Piloto da Carlin.

A ver.

ICS: a poucos dias da primeira bandeira verde

No oval de Homestead, próximo da região de Miami, teremos a primeira oportunidade de ver uma nova Fórmula Indy (sábado, às 21h, horário de Brasília). Agora unida e fortalecida.

Porém, somam-se 26 carros inscritos para a etapa inicial. Pouco para a expectativa de mais de 30 pilotos no grid.

(Uma rápida observação: destes 26 pilotos, 6 são brasileiros. Tony Kanaan, Helio Castroneves, Vitor Meira, Bruno Junqueira, Enrique Bernoldi e Mário Moraes. Uma bela marca.)

Precisamos ter cautela nessa temporada de 2008. Pode ser que a boa e velha Indy, antes da ruptura, volte. Mas não vai ser logo no próximo final de semana.

E eu continuo com a minha aposta: Tony Kanaan campeão. Tem talento, experiência e carro.

Aventuras no Autódromo: Sul-Brasileiro de Kart

Kart também é velocidade, então também vale. Neste último final de semana, mais precisamente na sexta e no sábado, dezenas de pilotos protagonizaram a primeira etapa (as outras duas serão em Florianópolis e Farroupilha) do Campeonato Sul-Brasileiro de Kart de 2008.


Pelo que acompanhei, o nível dos corredores é dos melhores. Os pegas foram belíssimos, em quase todas as categorias. Mas algo assustou-me - e muito: grids vazios. Na F4, onde reúne-se karts com motores 13hp (faz sucesso aqui em Londrina), contava-se cinco pilotos. Na Graduados, quatro. E na Mirim, o cúmulo: três infelizes.

No geral, foi uma ótima experiência, claro. Presenciei alguns bons espetáculos, conheci pilotos de outras regiões e até fiz amizade com um jornalista, o Rafael Durante. Bem entendido não só de kart, mas também de corridas em geral.

O
legal é que ele disse que eu parecia com o Nelsinho Piquet.

Ao final da corrida (de sábado) da Graduados, ouviu-se um pesado ronco. Era o Volvo de João Maistro, da F-Truck, testando seu caminhão no Autódromo de Londrina. Desviei de algumas árvores e consegui fotografá-lo, já que aqui kartódromo e autódromo são separados por um frágil alambrado em alguns trechos.

Um comentário:

L-A. Pandini disse...

André, muito legal o seu blog. Cheguei aqui por "recomendação" do Speeder76. Parabéns, continue nesse ritmo e corra atrás do seu sonho.
Abração. (LAP)