segunda-feira, 31 de março de 2008

Primeiras impressões

1) Repito o que eu já disse anteriormente: não é do dia para a noite que a nova Indy vai voltar a ser àquela Indy. Pela prova de Homestead, ficou claro que as equipes oriundas da ChampCar vão passar por sérias dificuldades.

2) Torço para que a IndyCar volte a competir com a Fórmula 1. Mas isso só deve começar a partir de 2010.

3) Dentro da pista, uma prova pouco agitada, com exceção do acidente de Viso e Kanaan - que, aliás, fez uma grande corrida. Mas deu pra matar a saudade da categoria.

4) Se, no ano passado, Scott Dixon perdeu a prova de Chicago (e o campeonato) nos instantes finais, o neozelandês recebeu a vitória de bandeja após o acidente de Tony Kanaan.

5) Há de se destacar também a atuação de Marco Andretti, Dan Wheldon, Helio Castroneves, Ed Carpenter, Ryan Hunter-Reay, Oriol Servià e Mario Moraes.

Pit Stop

* Quem te viu, quem te vê. Com apenas uma corrida pela MotoGP no currículo, esperava-se que o espanhol Jorge Lorenzo atingisse mais que um 3º posto no GP da Catalunha, em Jerez (editado - agradecimentos ao leitor Ricardo Ferreira). No final, a vitória acabou nas mãos de seu compatriota, Dani Pedrosa. Valentino Rossi emendou o pódio.

* Prometi o desfecho das provas da F-3 Inglesa, da semana passada. Olivier Turvey venceu a primeira bateria, enquanto Jaime Alguersuari, o espanhol de 19 anos que estreou metendo pole, levantou o caneco na segunda corrida.

* Hoje eu tô animado. Após a etapa de Oulton Park do Inglês de F-Ford, disputada na semana passada, Tim Blanchard lidera o certame, seguido por Marco Sorensensen e Wayne Boyd. Dos brasileiros, Victor Corrêa é o 9º e Francisco Weiller, o 20º.

* Logo ali, na Argentina, foi disputada a terceira etapa do WRC. Mas quem pode contar melhor essa história é o Flavio Gomes.

domingo, 23 de março de 2008

Volta, Rubinho

Após o término de duas entre dezoito corridas da temporada da F1, quase todos já perderam a paciência com Felipe Massa. A imprensa, que por incrível que pareça, já contesta suas atitudes; os torcedores brasileiros, sedentos por bons resultados de seu compatriota, ainda mais em uma equipe de ponta; e, provavelmente, a própria Ferrari, que já deu a Massa várias oportunidades de comprovar seu talento.

O Grande Prêmio da Malásia ilustrou quase que perfeitamente as características do piloto tupiniquim. Nos treinos, Felipe exibiu uma bela atuação e cravou a pole. Já na corrida, enquanto tudo ocorria bem, o piloto não cometia erros e tocava a liderança com certa tranqüilidade. Porém, foi só deparar-se com Kimi Raikkonen contornando a curva 1 à sua frente, após o pit stop, que Massa perdeu o controle.

A distância entre os dois aumentava a cada volta. Felipe fora iscado perfeitamente na estratégia de Raikkonen, à lá Schumacher, e mostrou claros sinais de desconcentração. A prova disso foi o abandono, logo após rodar e ser vitimado pela caixa de brita, algumas voltas depois.

É hora de deitar em uma rede e refletir, durante cinco minutos, quinze, trinta ou cinco horas. O quanto for necessário. Para vencer na F1 atual, é preciso constância a cada etapa, e não tentar ser o melhor em todas elas.

Pelo menos por enquanto, Massa não percebeu que guia para uma equipe de ponta. A escuderia de Maranello é a mais respeitada no mundo automobilístico, e é necessária muita responsibilidade para guiar uma Ferrari.

Em tempo: Rubens Barrichello raramente cometia as diversas falhas obtidas por Felipe Massa. E olha que seu companheiro de equipe era ninguém menos que Michael Schumacher.

Anotem aí

Se Romain Grosjean não faturar o título da Asian GP2 2008, veremos neve em Rondônia.

Na SpeedCar Series, meu palpite vai para Jean Alesi, não só pela experiência, mas também pelo seu talento.

Mas se o ex-ferrarista perder, os habitantes rondonienses não precisam entrar em pânico em busca de agasalhos de inverno.

F3 Inglesa: tem pupilo fazendo a festa

Nesta segunda, serão realizadas as duas baterias iniciais do campeonato britânico de Fórmula 3. Como a coluna que vossa senheria lê foi fechada no domingo à noite, ainda não sei a quantas terminaram as duas corridas.

Só sei que tem um espanhol de 18 anos, estreante na categoria, que marcou a pole para ambas as baterias. Seu nome? Jaime Alguersuari. Piloto da Carlin.

A ver.

ICS: a poucos dias da primeira bandeira verde

No oval de Homestead, próximo da região de Miami, teremos a primeira oportunidade de ver uma nova Fórmula Indy (sábado, às 21h, horário de Brasília). Agora unida e fortalecida.

Porém, somam-se 26 carros inscritos para a etapa inicial. Pouco para a expectativa de mais de 30 pilotos no grid.

(Uma rápida observação: destes 26 pilotos, 6 são brasileiros. Tony Kanaan, Helio Castroneves, Vitor Meira, Bruno Junqueira, Enrique Bernoldi e Mário Moraes. Uma bela marca.)

Precisamos ter cautela nessa temporada de 2008. Pode ser que a boa e velha Indy, antes da ruptura, volte. Mas não vai ser logo no próximo final de semana.

E eu continuo com a minha aposta: Tony Kanaan campeão. Tem talento, experiência e carro.

Aventuras no Autódromo: Sul-Brasileiro de Kart

Kart também é velocidade, então também vale. Neste último final de semana, mais precisamente na sexta e no sábado, dezenas de pilotos protagonizaram a primeira etapa (as outras duas serão em Florianópolis e Farroupilha) do Campeonato Sul-Brasileiro de Kart de 2008.


Pelo que acompanhei, o nível dos corredores é dos melhores. Os pegas foram belíssimos, em quase todas as categorias. Mas algo assustou-me - e muito: grids vazios. Na F4, onde reúne-se karts com motores 13hp (faz sucesso aqui em Londrina), contava-se cinco pilotos. Na Graduados, quatro. E na Mirim, o cúmulo: três infelizes.

No geral, foi uma ótima experiência, claro. Presenciei alguns bons espetáculos, conheci pilotos de outras regiões e até fiz amizade com um jornalista, o Rafael Durante. Bem entendido não só de kart, mas também de corridas em geral.

O
legal é que ele disse que eu parecia com o Nelsinho Piquet.

Ao final da corrida (de sábado) da Graduados, ouviu-se um pesado ronco. Era o Volvo de João Maistro, da F-Truck, testando seu caminhão no Autódromo de Londrina. Desviei de algumas árvores e consegui fotografá-lo, já que aqui kartódromo e autódromo são separados por um frágil alambrado em alguns trechos.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Vai um chá?

No conturbado GP da Áustrália, que abriu a temporada 2008 da Fórmula 1, a McLaren obteve um belo resultado. Hamilton, soberano, praticamente não foi incomodado durante toda a corrida. E Kovalainen poderia formar a dobradinha, não fosse o Safety Car. Mas, no geral, o esquadrão de Ron Dennis deixou no chinelo os cavalos de Maranello.

Outro fator a se destacar: repararam que com a saída de Fernando Alonso a McLaren não ocupa tanto espaço na mídia? A equipe de Woking parece ter adotado uma postura mais discreta - mais trabalho, menos conversa mole. Como um típico britânico. E isso, claro, favorece Hamilton, tão bajulado pelos jornalistas na última temporada.

Mas a etapa oceânica do Mundial não se resumiu a esse fator, pelo contrário. Vamos aos pitacos:

- O final de semana ferrarista foi daqueles em que o torcedor italiano dificilmente vai guardar boas lembranças. Massa foi afobado, e começou a jogar a corrida no lixo logo na largada. Raikkonen largou em 16º, chegou a flertar com o pódio, e até foi solidário com os administradores do parque, aparando a grama do circuito em alguns momentos. Só marcou pontos devido à desclassificação de Barrichello.

- Mas a culpa não é só dos pilotos. A equipe cometeu erros desde os treinos.

- Mais a frente, a Williams confirmou as expectativas da pré-temporada ao conquistar um pódio, com Nico Rosberg. E diga-se de passagem: o alemão fez uma bela corrida.

- Falando em alemão, a BMW teve uma excelente participação. Heidfeld foi segundo, enquanto Kubica (quem mais pressionou Lewis Hamilton durante a prova) teve azar ao ser atingido por um desgovernado Kazuki Nakajima.

- Na Toyota, o balanço também foi positivo, embora seus dois pilotos não tenham completado a prova. Pior para Timo Glock, vítima das ondulações do Albert Park.

- Tive dó de Rubens Barrichello. Nosso eterno tupiniquim fez uma prova impecável, dentro das limitações do Honda RA08. Juro que se ele terminasse a corrida entre os três primeiros, sairia na avenida aqui perto de casa para comemorar. Infelizmente, em erro da equipe e do piloto, Rubens foi desclassificado. Força, Rubinho!

- Já na Renault, Alonso voltou a ser aquele combativo e incansável Alonso. O 4º lugar foi um belíssimo resultado.

- Porém, para Piquet, o sol não raiou. Na sexta, erros e mais erros. No sábado, a estratégia da equipe não ajudou. E no domingo, uma corrida estranhíssima. Nelsinho ganhou dez posições na largada, mas marcava, volta a volta, tempos altíssimos. Até abandonar.

- Confesso que esperava mais da Red Bull. Coulthard culpou até os retrovisores.

- Vettel, não muito experiente, ficou no caminho após poucas voltas. Mas o outro Sebastião da Toro Rosso, o Bourdais, teve uma destacada atuação. A 4ª seria merecida pelo que o francês fez na corrida. Pena que o propulsor (Ferrari) o deixou na mão.

- Lá no fundão, a Super Aguri é grande favorita à detentora oficial das duas últimas vagas do grid. Na Force India, os resultados também não foram tão animadores. Ambos os pilotos tiveram pouco envolvimento na prova.

- No geral, uma corrida tumultuada, movimentada e emocionante. As diversas mudanças no regulamento da categoria, como o banimento ao controle de tração, foram positivas. Fez-me segurar o mijo até o final!

- Tomara que se repita na Malásia.

TROFÉU ESCAPAMENTO DE OURO: Sebastién Bourdais.
TROFÉU PNEU FURADO: Giancarlo Fisichella.

A1GP - Certame entra na reta final

Faltam apenas duas etapas para o término da temporada 2007/8 (Xangai e Brands Hatch), e a Suíça, com 128 pontos possui 15 de vantagem sobre a Nova Zelândia. A França, logo atás, tem 108. O campeonato está nas mãos. É só saber administrar.

12 horas de Sebring - Deu Porsche!

Não acompanhei a corrida por falta de tempo, mas deixo aqui minhas congratulações aos vencedores : Bernhard / Dumas / Collard / Leitzinger ao volante de um Porsche RS Spyder.

Aventuras no Autódromo - Metropolitano de Velocidade

Neste último final de semana, foi aberto o campeonato de 2008 do Metropolitano de Velocidade, em Londrina, com duas categorias: Marcas / Speed Fusca e Motovelocidade. Depois do kart, dei uma passada no Autódromo Ayrton Senna para conferir. Claro, não precisa nem dizer que o público mal compareceu. Mas até que o campeonato é legal, os grids foram razoavelmente bons (14 nas motos e 25 nos carros).

O destaque fica para as duas rodas. Dois pilotos de peso foram convidados para participar da primeira etapa do certame: Lucas Barros, filho de Alex, e Eric Granado, a grande promessa do motociclismo brasileiro para os próximos anos. Eric possui 12 anos e já acelera a mais de 200 km/h em sua moto. Além disso, ele participou de alguns campeonatos internacionais, ganhando inclusive ganhando o Metrakit World Festival 2007, em Valencia. Lucas Barros também merece atenção, já que competirá em campeonatos espanhois a partir de 2008.

E para não deixar em branco. Os vencedores.

MARCAS - Márcio Imagawa / Márcio Imagawa.
SPEED FUSCA - Maicon Tomiate e Enrico Bucci / Eduardo Antico.
MOTOVELOCIDADE - Eric Granado / Eric Granado.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Tá chegando a hora

Já disse para vocês que a sétima série é puxada? Isso explica o atraso da coluna de apresentação da F1 2008. Que eu pretendia postar na terça.

São quase cinco meses de saudade. Saudade daqueles carros belos e imponentes, os melhores do mundo, empurrados por motores V8. Tive a oportunidade de vê-los em Interlagos, no ano passado. A primeira de, se Deus quiser, muitas vezes.

Sem mais delongas, coloco abaixo um mini-guia da 59ª edição da Fórmula 1, cuja primeira corrida é no próximo domingo, em Melbourne (AUS).

Scuderia Ferrari Marlboro

Não é preciso frisar e comprovar que a Ferrari briga pelo título nesta temporada. Possui um ótimo carro, que parece ter corrigido alguns problemas do ano passado (como as quebras de câmbio), engenheiros qualificados (a saída de Jean Todt parece não ter abalado a equipe) e estrutura suficiente para conquistar o bi. Com Raikkonen ou Massa. Creio que será com o finlandês.

KIMI RAIKKONEN - O finlandês de Espoo atravessa a melhor fase de sua carreira, e ele mesmo já admite isso. A saída da McLaren rumo à Ferrari foi uma excelente escolha, comprovadamente. Enquanto em Woking era chamado de azarado, em Maranello levantou a taça. E Kimi não perdeu o fôlego. Tem disposição de sobra para levar o bi.

FELIPE MASSA - Massa é um piloto extremamente rápido, desde os tempos de Sauber. Mas Felipe ainda é um pouco afoito, e comete alguns erros quando tem de ultrapassar um piloto de ponta. 2008 é um ano importantíssimo para o brasileiro. Alguns ainda desconfiam de sua qualidade, e se Massa não provar a que está na Ferrari, as coisas podem piorar para o seu lado.

~> PILOTOS RESERVAS: Michael Schumacher, Luca Badoer e Marc Gené.
~> DIRETOR ESPORTIVO: Stefano Domenicali.

BMW Sauber F1 Team

Embora tenho feito uma ótima campanha no ano passado, a BMW mostrou poucos resultados convincentes nos testes de pré-temporada. Ao que parece, o time alemão deverá descer um degrau em 2008, ocupando o pelotão intermediário junto com Williams, Renault e Red Bull. Porém, a eficiência dos alemães é mais que reconhecida, e o time pode evoluir ao longo da temporada. Principalmente se tirar aqueles penduricalhos horríveis do F1.08.

NICK HEIDFELD - Chegou a quase deixar a categoria, quando guiava um pouco empolgante carro da Jordan em 2004, e conseguiu dar a volta por cima. Para muitos, Heidfeld é considerado um piloto de ponta. O alemão ainda não alcançou sua primeira vitória na Fórmula 1, mas isso só acontecerá se a BMW lhe proporcionar um bom carro.

ROBERT KUBICA - Em menos de dois anos de F1, já surpreendeu, decepcionou, subiu ao pódio, morreu (para muitos jornalistas). Kubica estreou no certame ocupando o espaço de um campeão mundial, e cumpriu muito bem o seu papel. No ano seguinte, foi ofuscado pelo seu companheiro, mas sua qualidade deverá superar este desagraável momento.

~> PILOTOS RESERVAS: Christian Klien, Marko Asmer.
~> DIRETOR ESPORTIVO: Mario Theissen.

ING Renault F1 Team

Ao contrário do que eu pensava no começo do ano, a Renault, muito provavelmente, não vai ter fôlego para brigar pelo título. Após o fracasso de 2007, qualquer vitória será lucro, mesmo com o espanhol Fernando Alonso, de volta à equipe. A outra vaga é de Nelson Piquet Jr, que chega ao circo "querendo aprender com Fernando". Os franceses passam por uma fase de transição. Em 2009, porém, a conversa muda.

FERNANDO ALONSO - Talvez a saída da McLaren, mesmo com um clima desumano, tenha sido desfavorável. Alonso terá que trabalhar para fazer da Renault campeã novamente, o que vai demorar mais de uma temporada. Mas, se conseguir, entrará para o hall dos grandes pilotos da história da Fórmula 1. Qualidade, isso nós sabemos: ele tem - considero Fernando o melhor piloto da F1 atual.

NELSON PIQUET JR - E ele chegou. Piquet, ou Nelsinho, é um bom piloto que apenas quer aprender com um bicampeão, para, quem sabe em 2009, começar a pensar em título. O brasileiro, de personalidade mais fria que a do pai, terá de saber lidar com a pressão. A mídia tupiniquim deverá cobrá-lo, mas se ele atiçar os nervos de Alonso, pode ser fatal.

~> PILOTOS RESERVAS: Lucas di Grassi, Romain Grosjean, Sakon Yamamoto.
~> DIRETOR ESPORTIVO: Flavio Briatore.

AT&T WilliamsF1 Team

É a minha equipe favorita na Fórmula 1. Porque a Williams tem história, tem tradição, tem experiência, tem membros inteligentes, e, o melhor, tem chances de crescer em 2008. É possível que a equipe de Frank possa até alcançar um terceiro lugar na classificação dos construtores. Mas isso, se acontecer, tenham certeza: será conquistado após noites de trabalho na fábrica da equipe.

NICO ROSBERG - Após uma temporada de mais baixos do que alto em 2006, o ano de sua estréia, Rosberg surpreendeu o mundo no ano passado. Com talento, ousadia e dedicação, o filho do campeão Keke Rosberg sonha alto e quer estar em um time de ponta até 2010. Seja ela a Williams ou a Super Aguri.

KAZUKI NAKAJIMA - A nacionalidade desconfia. E o sobrenome comprova. Na teoria, Nakajima não seria dos mais habilidosos entre o banco e o volante. Mas Kazuki, depois de boas campanhas nas categorias de base, fez uma boa corrida em São Paulo, no ano passado, e quer se tornar o melhor japonês da história da categoria. Torcida não vai faltar. Qualidade, incrivelmente, também não.

~> PILOTOS RESERVAS: Nico Hulkenberg, Narain Karthikeyan.
~> DIRETOR ESPORTIVO: Frank Williams / Patrick Head.

Red Bull Racing

Já foi a estréia, a adaptação e a hora H já começou. Os carros de Dietritch Mateschitz, desenhados pelo badalado Adrian Newey, já estão sendo cobrados por bons resultados. E eles devem começar a aparecer agora. Aposto que a Red Bull será uma das boas surpresas de 2008, e se a dupla de pilotos da escuderia não fosse a menos empolgante do grid, as expectativas seriam maiores.

DAVID COULTHARD - Um dos mais rodados e contestados do circo, Coulthard alterna gratas atuações com erros grotescos. Seu tempo na F1 está se encurtando, e o escocês já fez planos até de competir na Nascar.

MARK WEBBER - Eu simpatizava com Webber até sua ida para a Williams. Pelo menos na minha cabeça, a personalidade forte tornou-se arrogância, a velocidade passou a aparecer apenas nos treinos e, o principal: a promessa virou decepção.

~> PILOTOS RESERVAS: Sébastien Buemi.
~> DIRETOR ESPORTIVO: Christian Horner.

Panasonic Toyota Racing

Já virou clichê. Todo ano a Toyota vem com um discurso que vai lutar por vitórias, e juram que "desta vez acertamos a mão". Por enquanto, em todas as oportunidades, as promessas não vingaram (apenas em 2005 os japoneses aprsentaram uma campanha mais consistente). Isso com o maior orçamento da categoria. 2008? É esperar pra ver.

JARNO TRULLI - Ainda novato, Trulli era uma grata promessa, e sua carreira tomava rumos interessantes. Até ele fazer a maior besteira de sua carreira ao brigar com Flavio Briatore e acertar com a Toyota. Por enquanto, na escuderia japonesa, teve restritas oportunidades de provar o seu talento.

TIMO GLOCK - Glock estava meio esquecido pelos dirigentes do campeonato de Bernie Ecclestone. Até o título da GP2 Series. É certo que o alemão cometeu erros bizonhos, mas ser campeão da principal categoria de acesso à Fórmula 1 não é pouca coisa.

~> PILOTOS RESERVAS: Kamui Kobayashi.
~> DIRETOR ESPORTIVO: Tadashi Yamashina.

Scuderia Toro Rosso

E quem diria. Jamais a Minardi teve tão boas expectativas para uma temporada. O carro da equipe B da Red Bull, que por enquanto é o mesmo do ano passado, não é nenhuma máquina revolucionária, mas a excelente dupla de pilotos aliado ao estilo pés-no-chão da equipe faz com que vários jornalistas apontem a Toro Rosso como surpresa da temporada.

SÉBASTIEN BOURDAIS - Vice-campeçao da F-3000, Bourdais chegou nos Estados Unidos meio desanimado após levar um pé na bunda da Fórmula 1. Bastou quatro imponentes títulos em cinco anos de ChampCar para o pessoal do velho continente lembrar do francês. Merecidamente.

SEBASTIAN VETTEL - Uma das grandes promessas da categoria. Foi o mais jovem corredor a pontuar em uma prova (com a BMW) e a liderar uma prova (com a própria Toro Rosso, debaixo de um temporal) na história da categoria. Os alemães olham com muito carinho para Vettel, vendo nele o novo Schumacher. A McLaren, tendo a mesma concepção, quase o levou para Woking.

~> PILOTOS RESERVAS: não tem.
~> DIRETOR ESPORTIVO: Franz Tost.

Honda Racing F1 Team

A vexatória campanha dos japoneses em 2007 foi um dos grandes fiascos da história da categoria. Após somar desgraçados seis pontos no ano inteiro, a Honda não deverá progredir muito. Uma colocação perto do pelotão intermediário ficaria de ótimo tamanho. Mas é preciso muito trabalho para alcançar esta meta.

JENSON BUTTON - Como em todo o lugar, o tempo passa. E, aos poucos, o talento de Jenson Button vai sendo desperdiçado. A próxima temporada, com certeza, não proporcionará aquilo que os sonhos do inglês queria. E Button possui quase 30 anos, tendo que recuperar a boa imagem que tinha. A missão não é das mais fáceis.

RUBENS BARRICHELLO - Um piloto muito talentoso, que fez escolhas erradas nas horas erradas. A chance de se redimir dos tempos indignos da Ferrari seria na Honda. Mas o script planejado por Rubinho não aconteceu. E o brasileiro caminha rumo à aposentadoria melancolicamente.

~> PILOTOS RESERVAS: Alexander Wurz, Mike Conway e Luca Filippi.
~> DIRETOR ESPORTIVO: Ross Brawn.

Super Aguri F1

Por pouco não ficou de fora do grid em Melbourne. A Super Aguri, que praticamente não testou na pré-temporada, vai usar o carro da Honda do ano passado e será dirigida pelo Magma Group. A dupla de pilotos, formada por um agressivo Takuma Sato e um Anthony Davidson meio sem sal, continua a mesma do ano passado. No mais, são essas as poucas informações do time de Aguri Suzuki.

TAKUMA SATO - Tenho saudades dos tempos de Takuma, dos bons tempos de Takuma. Em que a BAR entregava nas suas mãos um carro promissor e o japonês peitava até Michael Schumacher. Por várias vezes, a vontade era tamanha que o motor, o câmbio ou qualquer coisa não agüentava. Mas eu me divertia com este célebre japonês, que atualmente anda muito discreto, escondido nas últimas filas do grid.

ANTHONY DAVIDSON - Com base nos ótimos treinos que Davidson fazia na BAR, bastante gente acreditava que ele era um talento não reconhecido. Até hoje, não sei se esta gente está certa ou errada. Porque avaliar pela Super Aguri fica difícil.

~> PILOTOS RESERVAS: James Rossiter.
~> DIRETOR ESPORTIVO: Aguri Suzuki.

Force India Formula One Team

Que virou Jordan, que virou Midland, que virou Spyker que virou Force India. A FI, investimento do indiano Vijay Mallya, parece possuir um bom planejamento. Contratou um piloto experiente e manteve uma jovem promessa. Continuou com os trabalhos de Mike Gascoyne. E o que é melhor: quer resgatar a paixão por corridas dos tempos de Jordan.

ADRIAN SUTIL - Até merecia uma oportunidade em uma equipe um pouco superior, pelo que mostrou no tenebroso carro da Spyker em 2007. Sutil chegou discretamente ao circo e já chamou a atenção de alguns chefões com suas atuações. Precisa ser um pouco mais contido se quiser ter vida longa na categoria.

GIANCARLO FISICHELLA - Da Renault para a Force India. Certamente Fisico saiu perdendo nessa. Pelo menos o italiano terá um trabalho interessante pela frente: ajudar uma equipe novata a crescer no certame, sem pressão por grandes resultados.

~> PILOTOS RESERVAS: Vitantonio Liuzzi.
~> DIRETOR ESPORTIVO: Colin Kolles.

Vodafone McLaren Mercedes

Brigas internas, espionagem, multas milionárias... Enfim, tudo de negativo que podia acontecer com a McLaren aconteceu. E Ron Dennis não gosta deste tipo de situação. Deve ter dado uma sacudida na casa, e assinou com Heikki Kovalainen - o piloto ideal para acomapanhar Hamilton atualmente: novato, talentoso e pouco polêmico. A expectativa, claro, é de duelar com a Ferrari pela taça.

LEWIS HAMILTON - A revista inglesa Autosport, em uma matéria, o classificou como mais rápido, mais duro e mais forte. E parece ser isso mesmo, o que ocorrerá com Lewis. Após a conturbada temporada de 2007, Hamilton deve ter amadurecido muito. E não tenham dúvidas que com seu talento nato e com um bom carro em mãos, o inglês certamenete vai brigar pelo título.

HEIKKI KOVALAINEN - Se não fosse Alonso, Kovalainen não estaria no cockpit prateado. Mas sua presença na McLaren não é injustificável. Heikki possui qualidade, e não deixou de ser uma promessa. Se for bem lapidado e se adaptar bem ao método Ron Dennis de trabalhar, vai dar trabalho no futuro.

~> PILOTOS RESERVAS: Pedro de la Rosa, Garry Paffett.
~> DIRETOR ESPORTIVO: Ron Dennis.

APOSTAS DO BLOGUEIRO

CAMPEÃO: Lewis Hamilton
VICE: Kimi Raikkonen
TERCEIRO: Felipe Massa
ESTREANTE: Nelson Piquet Jr
SURPRESA: Williams
DECEPÇÃO: BMW

Pit Stop

* Estou com sono, por isso serei breve.

* No último final de semana, foi dada a largada para a MotoGP, que correu no céu estrelado de Losail, Qatar. A vitória de Casey Stoner não foi tão fácil assim, e além dos tradicionais Dani Pedrosa e Valentino Rossi, vale destacar a atuação dos novatos Jorge Lorenzo, Andrea Dovizioso e James Toseland.

* Mais perto, iniciou-se também o TC 2000, um dos mais importantes campeonatos automobilísticos da América Latina. Guillermo Ortelli venceu a prova de Paraná (e quebrou o jejum da Renault de 11 anos sem vitórias no certame argentino). Fecharam o pódio Marcelo Bugliotti e Ricardo Risatti.

* Nesses dias teve Copa Paraná de Arrancada aqui em Londrina. Mas eu não fui, estava viajando.

* Foi inaugurado um novo site sobre automobilismo, Tazio. Recomendo a visita.

Meu banqueiro gosta de Fusca

Retiro da prateleira a revista Fusca & Cia. Junto com outros produtos, levo ao caixa.

- Ah, você também gosta de Fusca?

- É, até que eu gosto.

- Esse pretinho aqui, hen? Lindo!

- E DKW?

- DKW...

YouTube da semana

Já que estamos no clima da F1, um vídeo - bem legal, aliás - sobre a mesma. Dica do Speeder_76.

segunda-feira, 3 de março de 2008

O Kart

Poucos reparam, mas ao lado do tradicional Estádio do Café, em Londrina (o maior do Paraná), há uma pista de kart. Mais conhecida como Kartódromo Luigi Borghesi. Além de bichinhos ariscos e velozes, aqui tem muita história para ser contada.

Graças à nossa dinâmica e atenciosa prefeitura, liderada pelo glamouroso Nedson Micheletti, o kartódromo anda abandonado. Em Londrina as autoridades não se preocupam com muita coisa, que dirá o esporte. "Coisa de pobre", devem pensar.

Talvez até seja por isso que a estrutura do Borghesão seja pequena e mal cuidada. Estacionamento praticamente não há. Arquibancadas, duas, pequenas. Uma é bem velha e desconfortável. A outra mal é possível vê-la, pois está coberta de mato. O asfalto é bastante ondulado, e em alguns pontos, sujo. Enfim, a estrutura beira o amadorismo.

Mas o ambiente é agradável. Fica perto do Autódromo, onde dá pra ver a entrada para a Caixa d'água. Esses dias eu tava andando, de kart, em baixo. O Leandro Totti, da Londrina Truck Racing, de caminhão, em cima.

Existe a AKRL (Associação dos Kartistas da Região de Londrina). Ouço dizer que os caras só querem saber de estar no poder, poder o poder. Não se mexem muito, e as coisas são levadas com a barriga. Enfim, vamos deixar isso de lado. Não sou eu que cuido dessas coisas.

Independentemente dos diversos problemas, há uma turma legal aqui - tirando alguns Parilla / Marchinha ignorantes, claro. Homens que correm de kart por diversão, mas com muita dedicação. São velozes (e como!) e muito simpáticos.

Tem o Luizinho, meu ídolo, o Sérgio Hayashi, o McGiver, Newton, Evandro, Carlos José (meu tio), Jedson, Evandro Haroldo, João Soitiro... Tem bastante gente. Alguns eu não sei o nome, mas ainda vou saber. Essa turma aí corre de 13 hp, mas alguns são ousados. Possuem experiência com Parilla e pretendem disputar as 500 Milhas (de carro) de Londrina, no final do ano.

(Sem dizer que, graças ao kart, conheci pessoas espetaculares, como o Beto Monteiro, piloto aqui da região, e o Valdeno Brito, residente em Londrina, que corre na Medley pela Stock Car.)

O Luizinho, por exemplo, diz que quer correr em todas as etapas do Sul-Brasileiro de Kart (Londrina-Florianópolis-Farroupilha), disputar as 500 Milhas Velopark, e participar até de um campeonato no Japão. Além, claro, da Copa AKRL, das 4 Horas e das 100 Milhas, as três disputadas aqui mesmo.

E como já citado neste blog, pretendo participar daquela turma. Após alguns namoros com o Indoor - que por sinal, não funciona mais - iniciei correndo no kart recém-comprado pelo meu tio. No começo, ia no improviso. Macacão, luva, bala-clava e protetor de costela eram dele. O capacete eu pegava emprestado de alguém. Para eu chegar ao pedal, usava um pneu, ou mais freqüentemente, um isopor no banco. Os tempos, claro, lá em cima. Comecei com 1:10 e fechei o ano com 56 baixo. Isso em uma pista onde os mais velozes, de 13 hp, fazem 49. O Nelsinho Piquet, com Parilla, já cravou 42. Acho que é o recorde da pista.

Enfim, em 2008 comecei a fazer aula. Com o Marquinhos, que, junto com o Bira, são os nossos Colin Chapman. O Marquinhos é um cara bem gente boa. Rígido quando deve, bonzinho quando dá. E não devemos nos esquecer também do auxílio do Edinei. Ou mais simplesmente Zoinho. Mecânico fera, sempre dando uma mão.

Agora corro com um macacão amarelo, aliado ao meu capacete roxo. Vocês vão ver. Quando eu tiver um kart, ele vai ser lindo de morrer, além de fudido. Nessa época, tomara, eu estarei brigando com Luizinho e cia. Não sei quando, mas tomara que aconteça um pouco depois do meio do ano.

Copa Paraná

Ontem foi um dia movimentado no kartódromo. Em Londrina, foi disputada a primeira etapa da Copa Paraná de Kart. Obviamente, não arrumaram nada para receber uma competição deste porte. O máximo que fizeram foi colocar umas bandeirinhas para enfeitar. Mas, tudo bem.

Apesar dos pequenos grids (cada categoria tinha no máximo 10 karts), presenciei boas corridas. O nível era alto, e as disputas também. Principalmente na Cadete, na Júnior e na Graduados, onde a molecada é ousada. Achei no mínimo engraçado ver alguns pilotos de 6 anos com o macacão amarrado e alongando, com pinta de piloto da McLaren. Entre eles, tinha uma tal de Bruna, que fez uma bela corrida na Cadete (motor Honda com 5 cv). Vou torcer pra ela.

Outro fato curioso aconteceu na Graduados. Tinha um piá, andava entre os líderes, que soltava uma puta duma fumaça, principalmente nas curvas de baixa velocidade. Era algo impressionante, só não foi desclassificado porque ele acabou abandonando, com o motor quebrado, em não mais que oito voltas.

Para fechar, vale destacar o que aconteceu na 13 hp. Parece que exigiram, para a inscrição, alguns equipamentos (incluindo o motor) CBA. Isso fez com que apenas um cara, de Guarapuava, participasse da categoria. Aí liberaram tudo nos últimos dias, para formar um grid com 7, 8 karts.

Os pilotos da Cadete animaram o público.

Meu tio flagrou o exato momento em que os dois líderes da Júnior se estranharam pela primeira vez. Faltando duas voltas para o final, o #17 acabou abandonando após outro toque com o #14, que sagrou-se o vencedor da primeira bateria.

Vai um Marlboro aí?

Miguel Costa Jr. aprendeu comigo.

WTCC: só deu Seat em Curitiba

Muito legal, não só o evento, mas também a corrida, do World Touring Car Championship em Curitiba. Vou torcer para a Seat este ano, mais precisamente pro Rickard Rydell, que até que fez duas boas corridas.

E eu prometo para mim mesmo que em 2009 estarei nas arquibancas do Autódromo Raul Boesel ver aqueles carros passarem.

Mas eu queria mesmo é andar pelo paddock.

F1: acabaram-se os testes

Todas as equipes, tirando a Honda (que ainda anda em Valência), encerraram os testes de pré-temporada. Algumas rápidas conclusões nos dão a impressão de que a McLaren é favorita sim, talvez com os dois pilotos; Raikkonen andou mais que Massa; muito dificilmente a Renault, que dirá Alonso, como eu "previa" será campeão; a Williams vêm com tudo; a BMW deve evoluir ao longo da temporada; Rubens Barrichello vai se aposentar de forma melancólica da categoria.

Ainda antes de os motores roncarem em Melbourne, farei um mini-guia para a temporada 2008 da F1.

GP2: grid fechado

Enquanto a GP2 Asia rola normalmente, a série mundial só começa em abril. E, ao contrário dos últimos anos, todas as vagas já estão definidas, desde o final de fevereiro. Vamos aos carros:

1. Karun Chandhok (Índia) - iSport International
2. Bruno Senna (Brasil) - iSport International
3. Luca Filippi (Itália) - ART Grand Prix
4. Romain Grosjean (França) - ART Grand Prix
5. Vitaly Petrov (Rússia) - Campos Grand Prix
6. Ben Hanley (Grã-Bretanha) - Campos Grand Prix
7. Christian Bakkerud (Dinamarca) - Super Nova International
8. Álvaro Parente (Portugal) - Super Nova International
9. Jerôme d'Ambrosio (Bélgica) - DAMS
10. Kamui Kobayashi (Japão) - DAMS
11. Javier Villa (Espanha) - Racing Engineering
12. Giorgio Pantano (Itália) - Racing Engineering
14. Sébastien Buemi (Suíça) - Arden International
15. Yelmer Buurman (Holanda) - Arden International
16. Davide Valsecchi (Itália) - Durango
17. Alberto Valério (Brasil) - Durango
18. Adrián Valles (Espanha) - FMS International
19. Andy Soucek (Espanha) - FMS International
20. Mike Conway (Grã-Bretanha) - Trident Racing
21. Ho Pin Tung (China) - Trident Racing
22. Andreas Züber (Áustria) - Piquet Sports by GP Racing
23. Pastor Maldonado (Venezuela) - Piquet Sports by GP Racing
24. Michael Herck (Bélgica) - DPR
25. Diego Nunes (Brasil) - DPR
26. Paolo Maria Nocera (Itália) - BCN Competición
27. Milos Pavlovic (Sérvia) - BCN Competición

Bastante gente boa ficou de fora, como Marko Asmer, Nico Hulkenberg, Olivier Jarvis, Sam Bird, Felipe Albuqurque, Adam Carroll, Robert Wickens, Sérgio Jimenez e Alx Danielson. Mas, no geral, o nível dos corredores é interessante.

F-Superleague: louco por ti, Corinthians

Eu sei, a coluna ficou enorme, e muita gente contesta essa categoria (inclusive eu, em partes).

Mas o carro do Timão ficou lindo.

E com o Perdigão no volante, ainda! Vish! Não vai ter pra ninguém!

Já tem estilo de Fernando Alonso: Perdigão, em pé, na extrema direita.