domingo, 20 de abril de 2008

Espécie em extinção

Em Curitiba, a presença das belas máquinas do GT3 Brasil ofuscou a gravíssima situação de um campeonato tradicional: a F-3 Sul-Americana.

Para um certame que já teve como campeões Leonel Friderich, Christian Fittipaldi, Cristiano da Matta, Ricardo Zonta e Nelsinho Piquet, o que se vê atualmente é o fundo do poço. Por vários motivos.

Na temporada de 2008, doze carros formam o grid de largada - e todos são de equipes e corredores brasileiros. É muito pouco. Nenhum piloto se interessa mais pela F-3, já que é uma categoria cara, dá pouco retorno na mídia e o aprendizado não é dos mais adequados. O chassis, por exemplo, foi fabricado em 2001.

E desde algum tempo atrás, a F-3 deixou de ser sul-americana. Todos os países latinos, com exceção do Brasil, abandonaram o certame sem mais nem menos. Será disputada um ou duas corridas fora de terras tupiniquins nesta temporada, para provar que ainda presenciamos um certame internacional. Que piada.

Temo, sinceramente, que a F-3 suma do mapa. Do jeito que está, este tradicional campeonato, que no passado viveu áureos momentos, caminha a passos largos rumo a inexistência.

Nessas horas, ninguém se preocupa. Cadê a Codasur? Cadê a CBA?

Sugestão ao sr. Bernie Ecclestone

Há alguns dias atrás, estive filosofando a nível de corrida e cheguei a conclusão que a F-1, em se tratando do evento em si, poderia ser mais atrativo.

E se, por exemplo, utilizassem a quinta-feira para pôr a molecada na pista? Um treino livre só com novatos, como na A1GP, que poderia render até alguma bonificação para o mais veloz. Seria interessante ver Romain Grosjean, Marko Asmer, Nico Hulkenberg, Luca Filippi e Sébastien Buemi duelando em um final de semana de Grand Prix.

A primeira vez de Danica

Finalmente, Danica Patrick floresceu. A Mulher Maravilha conquistou sua primeira vitória na Indy neste último domingo, em Motegi, quando menos apostavam nela. Não sei se Danica tem potencial para, algum dia, ser campeã, mas que ela possui talento (além de carisma), não podemos negar.

Segura o Pizzonia que eu quero ver!

Já na “segunda bateria” deste inusitado final de semana de IndyCar Series, Will Power, Franck Montagny e Mario Dominguez formaram o pódio da corrida de Long Beach.

E destaquemos a bem sucedida participação de Antonio Pizzonia, o 16º dos dezesseis que terminaram a prova.

Acabou

Durou pouco a primeira temporada da SpeedCar Series, o mais novo campeonato de carros de turismo do Oriente Médio. Em Dubai, última etapa da temporada, Johnny Herbert levou a melhor em uma disputada apertada, superando David Terrien, Uwe Alzen e Jean Alesi.

A criação da SpeedCar não é uma má idéia, como alguns pensam. Só acho que deveriam atrair mais carros e pilotos, além de prolongar o campeonato para o ano todo.

(Para não passar batido, vale deixar registrado que Romain Grosjean faturou a GP2 Asian sem grandes dificuldades.)

Ano novo, vida nova

Algumas novidades movimentam a Copa Nextel Stock Car em 2008, que já teve em Interlagos a sua etapa de abertura: prova de US$ 1 milhão, corrida de rua em Salvador, reabastecimento, transmissão ao vivo de todas as provas pela Rede Globo, Pick-up Racing... Enfim.

Só torço para que a Stock siga crescendo. Não tenho muita coisa a acrescentar.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Sozinha no topo

É sabido que a F-1 vive uma era milionária, e isso não é novidade. Há quem conteste tanto dinheiro envolvido em um esporte - ou, para alguns, business -, mas ninguém ousa afirmar que alguma categoria é maior que o campeonato de Bernie Ecclestone.

Parece que não, mas em alguns aspectos, o automobilismo não parece viver seu auge atualmente.

Grande parte dos principais certames automobilísticos mundiais passam por uma fase de transição, o que garante à F-1 cada vez mais a preferência do público. E isso é chato.

A IndyCar, por exemplo, vinha mal das pernas. A fusão com a ChampCar deu uma aliviada na grana, e dá algumas boas expectativas para o futuro. Mas vale ressaltar que a Indy é a única categoria de monopostos rival da F-1.

No turismo, que a cada dia ganha mais espaço, o WTCC cresce vertiginosamente. Faltam boas categorias no certame (apenas Chevrolet, BMW e Seat competem regularmente). A ascendência do Mundial de Turismo contrasta com a decadência do DTM, que tende a perder pilotos para o outro campeonato.

Enquanto isso, no Rally, é fato que este esporte precisa crescer. Mesmo sendo um evento fantástico, o WRC já viveu melhores eras. Das montadaras que apoiam oficialmente o certame, encontra-se Citröen, Ford, Subaru e Suzuki. Cabe mais.

E por fim, não devemos nos esquecer da MotoGP - embora já entrando no motociclismo. Há diversas marcas envolvidas (como Ducati, Yamaha e Honda) e um grande ídolo (Valentino Rossi).

Ainda há outras categorias mundialmente conhecidas, mas que não têm fôlego para rivalizar com a F-1: A NASCAR (na Amérca, é o certame mais forte), a LMS (endurance ainda não pegou) e a GP2 (têm corridas mais interesantes que a companheira de paddock).

Na minha opinião, a mais organizada das citadas acima é a MotoGP.

Mas a minha favorita, eu sinceramente não sei. Gosto até de corrida de trator.

Caso Max Mosley

Como de praxe, eu não poderia deixar de emitir minha opinião a respeito da atitude do presidente da FIA. Só tenho uma frase a dizer ao sr. Max Mosley:

O senhor é um fanfarrão.