Depois de um insosso e demorado inverno, a boa e velha Fórmula 1 está de volta. Repleta de novidades, surpresas e, vejam só, um cenário de forças redimensionado. Confesso que estou um pouco enferrujado, pois faz um bom tempo que não escrevo (por pura falta de tempo, juro!) e não acompanhei a pré-temporada com o afinco dos últimos anos. Mas vamos aos pitacos, no ritmo marcante e inconfundível dos australianos do AC/DC, com o melhor da corrida de Melbourne deste último domingo:
* Foi lindo, lindo de ver o desempenho dos esbranquiçados carros da Brawn no GP da Austrália. Pode ser prematuro dizer, até porque não se sabe qual será o destino do campeonato diante do encontro da Corte de Apelações da FIA em duas semanas, mas acho que poderei contar aos meus netos a trajetória de Ross Brawn nesta nova aventura, que por enquanto, tem desfechos cinematográficos.
* Quem, em sã consciência, apostaria numa dobradinha do espólio da Honda, logo de cara, há um mês? Histórias que só o esporte é capaz de proporcionar.
* E Jenson Button teve uma atuação como há muito tempo não se via. Ou melhor, se formos considerar o resultado em si, nunca se viu, já que o britânico liderou uma corrida de ponta a ponta pela primeira vez em sua passagem pela F-1. Mas o fato é que Jenson parece ter recuperado a alegria de guiar. Muitos o criticaram na fase macabra da Honda, afinal, é sabido no paddock que desenvolver carros não é exatamente com ele. Acontece que, como afirmou Barrichello, nos seus bons dias Button é imbatível. E foi mesmo.
* Barrichello, este que após superar seu companheiro de equipe em boa parte do final de semana, acabou tendo muita sorte na corrida. Soube agir rápido após seu problema na saída, mas acabou ficando no meio de pelotão. Depois, safou-se por muito pouco do enrosco envolvendo vários carros na largada. Ao melhor estilo tanque de guerra, ainda deu um toque em Kimi Raikkonen e guiou por um bom tempo com a asa dianteira danificada. A segunda colocação caiu em seu colo, no finalzinho da prova, mas no fundo é merecida.
* Falemos, então, do entrevero entre Sebastian Vettel e Robert Kubica, já no cair do sol de Albert Park. Ambos tiveram um excelente rendimento no fim de semana, não só pelos seus carros, mas também pelo talento e arrojo que lhes é característico. Entretanto, o acidente que retirou os dois da corrida a três voltas da quadriculada é de uma infantilidade sem tamanho. Os dois erraram, ficou claro, mas penso que Kubica podia ter tido um pouco mais de cautela, visto que ele estava mais rápido e Vettel já não tinha pneu. Passar o alemão, naquelas condições, seria questão de tempo.
* E o Hamilton, rapaz? É claro que a sua terceira colocação é fruto, em grande parte, da sorte. Mas pra quem tinha um carro abaixo da média e largara no fundo do grid, o atual campeão mundial teve um bom desempenho. Foi premiado, ao fim da prova, por estar no lugar certo e na hora certa. Estes seis pontos podem fazer a diferença ao fim do campeonato.
* Em contrapartida, quem começa mal o certame é a Ferrari. Massa, após ter alguns indícios de que poderia chegar entre os cinco primeiros, abandonou com problemas técnicos. Raikkonen, vindo de uma temporada fraca em 2008, rodou sozinho e também deixou a prova.
* Novamente a Williams exibe um bom rendimento no começo do campeonato. Se neste ano a escuderia de Grove não passou de uma 6ª posição, com o badalado difusor e tudo, no ano passado o mesmo Nico Rosberg levou o FW30 ao pódio. Resta saber se a Williams será capaz de manter um ritmo bom e constante, algo que com o próprio alemão e com Kazuki Nakajima em seus cockpits não é tão simples de acontecer.
* E a Toro Rosso, quem diria? Com os abandonos de Vettel e Kubica e a punição imposta a Jarno Trulli, a escuderia de Faenza levou seus dois pilotos aos pontos. Não mostraram nada de encher os olhos, mas mantiveram uma atuação correta ao longo da corrida. Buemi, até certo ponto, me surpreendeu.
* Fernando Alonso teve uma exibição com características semelhantes às suas da primeira metade do campeonato passado. Com um carro longe do desejado, se mostrou combativo e guerreiro. Quanto a Nelsinho, só resta lamentar. Vinha mostrando, até abandonar a corrida, uma tocada mais consistente e podia pontuar. Alegou problemas no freio.
* Hora de falar da revigorada Force India. Apesar do papelão cometido por Giancarlo Fisichella nos boxes, quando simplesmente passou reto do local onde deveria parar, a equipe de Vijay Mallya mostrou uma ligeira evolução. Sutil, por uma posição, não alcançou a zona de pontuação, enquanto que o próprio Fisichella segurou Fernando Alonso e Timo Glock por um bom tempo.
* Albert Park, um Grande Prêmio que reserva, com grande freqüência, corridas confusas e imprevisíveis, não é o prognóstico ideal para saber se a F-1 voltará a ter corridas emocionantes e disputadas como antigamente. Mas o fato é que os responsáveis pelo novo pacote aerodinâmico estão de parabéns. Viu-se, em Melbourne, uma prova movimentada e com uma boa quantidade de ultrapassagens. E já é evidente, pelas câmeras onboard, que com o decréscimo de 30% da downforce dos carros, o competidor da frente não dá mais aquela ‘estilingada’ após a frenagem. Enfim, pelas primeiras impressões obtidas, parece que acertaram a mão. É uma grande notícia.
* E o mais curioso de tudo é que boa parte do paddock não faz a mínima ideia do que vai ser do Mundial de 2009. Alguém se arrisca a dar palpites? É, meus caros, a F-1 voltou a ser imprevisível.
* Pode-se dizer que vivemos um momento histórico na categoria? Acho que sim.
domingo, 29 de março de 2009
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
O melhor da temporada 2008
No último texto do ano desta coluna, já sob o agradável clima de festividades e confraternização, uma rápida apresentação do que de melhor rolou no esporte a motor em 2008. Esclareço apenas que a sobre a F-1 já foi discutido o suficiente nas últimas colunas.
MotoGP
Para surpresa de muita gente, Valentino Rossi, já com o estigma de piloto decadente, ressurgiu em 2008 e levou o caneco, superando o atual campeão e favorito ao bi Casey Stoner - mesmo com um equipamento inferior. O ápice da temporada foi visto no lendário circuito californiano de Laguna Seca, quando Rossi e Stoner travaram um duelo memorável. Ill Dottore acabou vencendo a prova por economizar os pneus - foram por causa deles que Casey tombou de sua motocicleta após uma freada, a seis voltas do fim.
NASCAR Sprint Cup
Jimmie Johnson fez história no maior campeonato do automobilismo estadunidense A bordo de seu Chevrolet Impala, o piloto da Hendrick Motorsports faturou o tricampeonato da categoria, feito que apenas outro piloto havia conquistado na história da NASCAR: Cale Yarbrough, nas temporadas de 76, 77 e 78. JJ superou dois pilotos muito cotados para triunfar no campeonato de 2008: Kyle Busch, que se destacou apenas na temporada regular, e Carl Edwards, que mesmo se mostrando bastante competitivo nos playoffs, teve de se contentar com o vice.
IndyCar Series
Após ver seu campeonato cair no conceito dos fãs de automobilismo espalhados pelo mundo, a Indy resolveu tomar providências. E a primeira delas foi fundir-se com a ChampCar para fortalecer um único campeonato - o que, sejamos sinceros, ainda não aconteceu de fato. Diante de uma temporada experimental para a maioria das equipes, quem se deu bem foi um piloto experiente: Scott Dixon, da Chip Ganassi. Embora o título tenha sido decidido apenas na última corrida do certame, Scott foi soberano em 2008. Helio Castroneves, Dan Wheldon e Tony Kanaan, os outros postulantes ao título, nem chegaram a pressionar o neozelandês.
GP2
Pela primeira vez em quatro anos, o campeão desta emocionante categoria não será congratulado com uma vaga na F-1 no ano seguinte. Seria este um sinal de retrocesso? Provavelmente não. Giorgio Pantano levou o troféu em 2008 por mostrar-se competente e saber desenvolver o carro da Racing Engineering. Entretanto, o italiano não é lá tão jovem, algo que não trouxe interesse para as equipes da F-1. Pode-se dizer também que Pantano não teve adversários a altura, já que Bruno Senna ainda não é um primor em constância, Lucas di Grassi iniciou o certame no meio da temporada e Romain Grosjean era apenas um estreante.
A1GP
Já que o seu calendário é seguido de acordo com o verão europeu, na contramão dos tradicionais campeonatos, a A1GP entra em recesso de fim de ano tendo apenas a metade de sua temporada disputada. A Suíça, atual campeã, ocupa somente a 7ª colocação na tabela, enquanto quem ponteia é a Irlanda, comandada pelo sempre competente Adam Carroll. Portugal, vejam só, é o 2º colocado.
Superliga
Contrariando a opinião de muita gente, o torneio em que seus carros representam clubes de futebol do mundo todo saiu do papel. Ainda que não tenha engrenado, a categoria já tem uma temporada encerrada, onde o campeão foi, sim, o Beijing Guoan, pilotado por, pasmem, Davide Rigon. A SL contou com algumas figurinhas carimbadas em sua temporada inicial, como Robert Doornbos e Antonio Pizzonia. Apesar disso, não tem um cenário de forças muito bem dimensionado: foram oito vencedores diferentes nas dezesseis baterias da temporada 2008.
DTM
No ano de despedida de Bernd Schneider das pistas, quem fez a festa no Deutsche Tourenwagen Masters (considerado por muitos o campeonato de carros de turismo mais competitivo do planeta) foi Timo Scheider, da Audi. Até a última etapa do certame, em Hockenheim, Paul di Resta, da Mercedes, um escocês muito talentoso, tinha chances matemáticas de faturar o título de 2008. Porém, com uma vitória que quase o levou aos prantos, Scheider sagrou-se o campeão.
WTCC
Regularidade foi a principal característica de Yvan Muller, o campeão do World Touring Car Championship em 2008. O francês completou todas as baterias da temporada, sendo apenas duas delas fora dos pontos. Quanto às montadoras, quem deu as cartas neste ano foi a SEAT, que não só emplacou o campeão da categoria, Muller, mas também o vice - Gabriele Tarquini. Já os alemães provaram do amargo gosto da decepção, já que o melhor piloto da BMW na tabela de classificação foi o tricampeão Andy Priaulx, ocupando apenas a 4ª colocação.
WRC
Não há muito que comentar. O agora pentacampeão Sebastien Loeb, com seu inconfundível Citroën C4, dominou, de maneira absoluta, a edição de 2008 do Mundial de Rali, vencendo onze das quinze etapas disputadas (recorde no WRC) e cravando ainda mais seu nome como um dos grandes da história dos ralis - senão o maior. Eu diria que é um gênio. Pilotos de rali de alto nível já têm o meu respeito. Os que se sobressaem e ainda monopolizam algum campeonato devem ser exaustivamente elogiados. Ergam um busto para Loeb!
Copa Nextel Stock Car
Numa temporada em que a experiência e a competência do chefe de equipe Andreas Mattheis fizeram a diferença, Ricardo Mauricio e Marcos Gomes travaram um bom duelo na luta pelo título. Com o abandono de Gomes na última etapa, em Interlagos, o campeonato ficou nas mãos de Ricardinho, que talvez merecesse alguma chance numa categoria européia ou norte-americana. Cacá Bueno, surpreendentemente, não foi tão forte como nos últimos anos, e Thiago Camilo novamente ‘morreu na praia’. Há de se destacar as boas temporadas de Giuliano Losacco, Átila Abreu e Allam Khodair. E claro, a despedida do multicampeão Ingo Hoffmann das pistas, um dos melhores pilotos da história do automobilismo brasileiro.
Campeões pelo mundo
Abaixo, os vencedores da temporada de 2008 de outras categorias. Em asterisco, torneios ainda em andamento.
250cc - Marco Simoncelli (ITA)
125cc - Mike de Meglio (FRA)
Superbike - Troy Bayliss (AUS)
P-WRC - Andreas Aigner (AUT)
J-WRC - Sebastien Ogier (FRA)
F-3 Européia - Nico Hulkenberg (ALE)
F-3 Inglesa - Jaime Alguersuari (ESP)
F-3 Alemã - Frederic Vervisch (BEL)
F-3 Japonesa - Carlo van Dam (HOL)
F-3 Espanhola - German Sanchez (ESP)
F-3 Italiana - Mirko Bortolotti (ITA)
F-3 Sul-Americana - Nelson Merlo (BRA)
GP Macau - Keisuke Kunimoto (JAP)
Ultimate Masters - Jules Bianchi (FRA)
F-Renault Inglesa - Alexander Sims (ING)
F-Renault Italiana - Pal Varhaug (NOR)
EuroCup FR - Valtteri Bottas (FIN)
F-BMW (Final Mundial) - Alexander Rossi (EUA)
F-Ford Inglesa - Wayne Boyd (ING)
Skip Barber - Conor Daly (EUA)
F-Atlantic - Markus Niemela (FIN)
F-Star Mazda - John Edwards (CAN)
Indy Lights - Raphael Matos (BRA)
F-Master - Chris van der Drift (NZE)
Euro 3000 Series - Nicolas Prost (FRA)
World Series by Renault - Giedo van der Garde (HOL)
F-Nippon - Tsugio Matsuda (JAP)
GP2 Asiática* - Kamui Kobayashi (JAP)
Speedcar Series* - Vitantonio Liuzzi (ITA)
FIA GT (GT1) - Andrea Bertolini (ITA) / Michael Bartels (ALE)
FIA GT (GT2) - Gianmaria Bruni (ITA) / Toni Vilander (FIN)
FIA GT3 - Arnoud Peyroles (FRA) / James Ruffier (FRA)
BTCC - Fabrizio Giovanardi (ITA)
V8 Supercars - Jamie Whincup (AUS)
TC2000 - José Maria Lopez (ARG)
NASCAR Nationwide - Clint Bowyer (EUA)
NASCAR Craftsman - Johnny Benson (EUA)
LMS (LMP1) - Alexandre Premát (FRA) / Mike Rockenfeller (ALE)
LMS (LMP2) - Jos Verstappen (HOL)
LMS (GT1) - Guillaume Moreau (FRA) / Patrice Goueslard (FRA)
LMS (GT2) - Robert Bell (ING)
24h Le Mans - Allan McNish (ESC) / Rinaldo Capello (ITA) / Tom Kristensen (DIN)
ALMS (LMP1) - Lucas Luhr (ALE) / Marco Werner (ALE)
ALMS (LMP2) - Timo Bernhard (ALE) / Romain Dumas (FRA)
ALMS (GT1) - Johnny O’Connell (EUA) / Jan Magnussen (DIN)
ALMS (GT2) - Jorg Bergmeister (ALE) / Wolf Henzler (ALE)
24h Daytona - Juan Pablo Montoya (COL) / Dario Franchitti (ESC) / Scott Pruett (EUA) / Memo Rojas (MEX)
Grand-Am - Scott Pruett (EUA)
GT3 Brasil - Xandy Negrão (BRA) / Andreas Mattheis (BRA)
F-Truck - Wellington Cirino (BRA)
Race Of Champions - Sebastien Loeb (FRA) / Team Germany (ALE)
MotoGP
Para surpresa de muita gente, Valentino Rossi, já com o estigma de piloto decadente, ressurgiu em 2008 e levou o caneco, superando o atual campeão e favorito ao bi Casey Stoner - mesmo com um equipamento inferior. O ápice da temporada foi visto no lendário circuito californiano de Laguna Seca, quando Rossi e Stoner travaram um duelo memorável. Ill Dottore acabou vencendo a prova por economizar os pneus - foram por causa deles que Casey tombou de sua motocicleta após uma freada, a seis voltas do fim.
NASCAR Sprint Cup
Jimmie Johnson fez história no maior campeonato do automobilismo estadunidense A bordo de seu Chevrolet Impala, o piloto da Hendrick Motorsports faturou o tricampeonato da categoria, feito que apenas outro piloto havia conquistado na história da NASCAR: Cale Yarbrough, nas temporadas de 76, 77 e 78. JJ superou dois pilotos muito cotados para triunfar no campeonato de 2008: Kyle Busch, que se destacou apenas na temporada regular, e Carl Edwards, que mesmo se mostrando bastante competitivo nos playoffs, teve de se contentar com o vice.
IndyCar Series
Após ver seu campeonato cair no conceito dos fãs de automobilismo espalhados pelo mundo, a Indy resolveu tomar providências. E a primeira delas foi fundir-se com a ChampCar para fortalecer um único campeonato - o que, sejamos sinceros, ainda não aconteceu de fato. Diante de uma temporada experimental para a maioria das equipes, quem se deu bem foi um piloto experiente: Scott Dixon, da Chip Ganassi. Embora o título tenha sido decidido apenas na última corrida do certame, Scott foi soberano em 2008. Helio Castroneves, Dan Wheldon e Tony Kanaan, os outros postulantes ao título, nem chegaram a pressionar o neozelandês.
GP2
Pela primeira vez em quatro anos, o campeão desta emocionante categoria não será congratulado com uma vaga na F-1 no ano seguinte. Seria este um sinal de retrocesso? Provavelmente não. Giorgio Pantano levou o troféu em 2008 por mostrar-se competente e saber desenvolver o carro da Racing Engineering. Entretanto, o italiano não é lá tão jovem, algo que não trouxe interesse para as equipes da F-1. Pode-se dizer também que Pantano não teve adversários a altura, já que Bruno Senna ainda não é um primor em constância, Lucas di Grassi iniciou o certame no meio da temporada e Romain Grosjean era apenas um estreante.
A1GP
Já que o seu calendário é seguido de acordo com o verão europeu, na contramão dos tradicionais campeonatos, a A1GP entra em recesso de fim de ano tendo apenas a metade de sua temporada disputada. A Suíça, atual campeã, ocupa somente a 7ª colocação na tabela, enquanto quem ponteia é a Irlanda, comandada pelo sempre competente Adam Carroll. Portugal, vejam só, é o 2º colocado.
Superliga
Contrariando a opinião de muita gente, o torneio em que seus carros representam clubes de futebol do mundo todo saiu do papel. Ainda que não tenha engrenado, a categoria já tem uma temporada encerrada, onde o campeão foi, sim, o Beijing Guoan, pilotado por, pasmem, Davide Rigon. A SL contou com algumas figurinhas carimbadas em sua temporada inicial, como Robert Doornbos e Antonio Pizzonia. Apesar disso, não tem um cenário de forças muito bem dimensionado: foram oito vencedores diferentes nas dezesseis baterias da temporada 2008.
DTM
No ano de despedida de Bernd Schneider das pistas, quem fez a festa no Deutsche Tourenwagen Masters (considerado por muitos o campeonato de carros de turismo mais competitivo do planeta) foi Timo Scheider, da Audi. Até a última etapa do certame, em Hockenheim, Paul di Resta, da Mercedes, um escocês muito talentoso, tinha chances matemáticas de faturar o título de 2008. Porém, com uma vitória que quase o levou aos prantos, Scheider sagrou-se o campeão.
WTCC
Regularidade foi a principal característica de Yvan Muller, o campeão do World Touring Car Championship em 2008. O francês completou todas as baterias da temporada, sendo apenas duas delas fora dos pontos. Quanto às montadoras, quem deu as cartas neste ano foi a SEAT, que não só emplacou o campeão da categoria, Muller, mas também o vice - Gabriele Tarquini. Já os alemães provaram do amargo gosto da decepção, já que o melhor piloto da BMW na tabela de classificação foi o tricampeão Andy Priaulx, ocupando apenas a 4ª colocação.
WRC
Não há muito que comentar. O agora pentacampeão Sebastien Loeb, com seu inconfundível Citroën C4, dominou, de maneira absoluta, a edição de 2008 do Mundial de Rali, vencendo onze das quinze etapas disputadas (recorde no WRC) e cravando ainda mais seu nome como um dos grandes da história dos ralis - senão o maior. Eu diria que é um gênio. Pilotos de rali de alto nível já têm o meu respeito. Os que se sobressaem e ainda monopolizam algum campeonato devem ser exaustivamente elogiados. Ergam um busto para Loeb!
Copa Nextel Stock Car
Numa temporada em que a experiência e a competência do chefe de equipe Andreas Mattheis fizeram a diferença, Ricardo Mauricio e Marcos Gomes travaram um bom duelo na luta pelo título. Com o abandono de Gomes na última etapa, em Interlagos, o campeonato ficou nas mãos de Ricardinho, que talvez merecesse alguma chance numa categoria européia ou norte-americana. Cacá Bueno, surpreendentemente, não foi tão forte como nos últimos anos, e Thiago Camilo novamente ‘morreu na praia’. Há de se destacar as boas temporadas de Giuliano Losacco, Átila Abreu e Allam Khodair. E claro, a despedida do multicampeão Ingo Hoffmann das pistas, um dos melhores pilotos da história do automobilismo brasileiro.
Campeões pelo mundo
Abaixo, os vencedores da temporada de 2008 de outras categorias. Em asterisco, torneios ainda em andamento.
250cc - Marco Simoncelli (ITA)
125cc - Mike de Meglio (FRA)
Superbike - Troy Bayliss (AUS)
P-WRC - Andreas Aigner (AUT)
J-WRC - Sebastien Ogier (FRA)
F-3 Européia - Nico Hulkenberg (ALE)
F-3 Inglesa - Jaime Alguersuari (ESP)
F-3 Alemã - Frederic Vervisch (BEL)
F-3 Japonesa - Carlo van Dam (HOL)
F-3 Espanhola - German Sanchez (ESP)
F-3 Italiana - Mirko Bortolotti (ITA)
F-3 Sul-Americana - Nelson Merlo (BRA)
GP Macau - Keisuke Kunimoto (JAP)
Ultimate Masters - Jules Bianchi (FRA)
F-Renault Inglesa - Alexander Sims (ING)
F-Renault Italiana - Pal Varhaug (NOR)
EuroCup FR - Valtteri Bottas (FIN)
F-BMW (Final Mundial) - Alexander Rossi (EUA)
F-Ford Inglesa - Wayne Boyd (ING)
Skip Barber - Conor Daly (EUA)
F-Atlantic - Markus Niemela (FIN)
F-Star Mazda - John Edwards (CAN)
Indy Lights - Raphael Matos (BRA)
F-Master - Chris van der Drift (NZE)
Euro 3000 Series - Nicolas Prost (FRA)
World Series by Renault - Giedo van der Garde (HOL)
F-Nippon - Tsugio Matsuda (JAP)
GP2 Asiática* - Kamui Kobayashi (JAP)
Speedcar Series* - Vitantonio Liuzzi (ITA)
FIA GT (GT1) - Andrea Bertolini (ITA) / Michael Bartels (ALE)
FIA GT (GT2) - Gianmaria Bruni (ITA) / Toni Vilander (FIN)
FIA GT3 - Arnoud Peyroles (FRA) / James Ruffier (FRA)
BTCC - Fabrizio Giovanardi (ITA)
V8 Supercars - Jamie Whincup (AUS)
TC2000 - José Maria Lopez (ARG)
NASCAR Nationwide - Clint Bowyer (EUA)
NASCAR Craftsman - Johnny Benson (EUA)
LMS (LMP1) - Alexandre Premát (FRA) / Mike Rockenfeller (ALE)
LMS (LMP2) - Jos Verstappen (HOL)
LMS (GT1) - Guillaume Moreau (FRA) / Patrice Goueslard (FRA)
LMS (GT2) - Robert Bell (ING)
24h Le Mans - Allan McNish (ESC) / Rinaldo Capello (ITA) / Tom Kristensen (DIN)
ALMS (LMP1) - Lucas Luhr (ALE) / Marco Werner (ALE)
ALMS (LMP2) - Timo Bernhard (ALE) / Romain Dumas (FRA)
ALMS (GT1) - Johnny O’Connell (EUA) / Jan Magnussen (DIN)
ALMS (GT2) - Jorg Bergmeister (ALE) / Wolf Henzler (ALE)
24h Daytona - Juan Pablo Montoya (COL) / Dario Franchitti (ESC) / Scott Pruett (EUA) / Memo Rojas (MEX)
Grand-Am - Scott Pruett (EUA)
GT3 Brasil - Xandy Negrão (BRA) / Andreas Mattheis (BRA)
F-Truck - Wellington Cirino (BRA)
Race Of Champions - Sebastien Loeb (FRA) / Team Germany (ALE)
domingo, 21 de dezembro de 2008
Direto do cockpit
Antes de mais nada, inauguro a sessão ‘Direto do cockpit’, espelhada na ‘Direto do paddock’, onde relato minhas aventuras e peripécias ao volante em corridas de kart. O texto abaixo remete à II Copa Saúde 4 Horas de Kart Cidade de Londrina, realizada no último final de semana. Lá vai:
A vida é imprevisível. Aprendi isso no domingo passado (14).
Tudo passou tão rápido. Parece que era ontem que a gente falava, um para o outro, ‘nossa, preciso me preparar! Faltam só três semanas para a corrida!’.
Corrida (amadora) esta, que seria a primeira do pequeno e modesto currículo do colunista: a II Copa Saúde 4 Horas de Kart Cidade de Londrina. Foram utilizados karts com motores 13hp sorteados por um único preparador, no caso, o Marquinhos. O chassis escolhido ficava a critério de cada equipe, que poderia contar com dois, três, ou até quatro pilotos. Cada um dos participantes deveria percorrer, na prova, um mínimo de 60 voltas, e, junto ao kart, pesar 180 kg ou mais. Em suma, o regulamento era este.
A minha equipe (denominada carinhosamente de 'Os Persistentes'), formada por três ‘novatos’ - o Lucas do Valle, meu tio, Carlos José da Costa Branco, e eu - e um cara mais experiente - o Flávio Merenciano -, tinha boas pretensões na corrida. Não exigíamos de cada um que buscasse a vitória, mas estar entre os dez primeiros (de dezoito karts) era uma meta bastante alcançável. Tudo ocorria dentro da normalidade. Durante a semana, fui treinar em quase todos os dias, para me adaptar ao chassis, e providenciamos o que deveria ser providenciado.
Surge o primeiro imprevisto: pude experimentar o kart com as desagradáveis pedras de chumbo e seus pesados 27 quilos apenas na sexta-feira (sem elas, eu não atingiria os 180 kg). Não digo que foi uma maravilha, mas não era tão ruim como eu pensava. Os tempos estavam um pouco altos, mas foi questão de tempo para que eu conseguisse melhorá-los.
Das diversas coisas que pensei na sexta à noite, quando eu deveria estar dormindo, algo que eu não conseguia fazer, era que eu tinha a sensação de que fizemos algumas coisas de última hora. A ausência de um preparador que pudesse atender exclusivamente às nossas necessidades também passou pelas minhas filosofias. Porém já era tarde. O que já foi fica na lembrança. Eu tinha de pensar no amanhã. E no depois de amanhã. Só. Confesso que eu estava concentrado, ao ponto de não conseguir me relaxar nas horas de folga. Mas, apesar de tudo, eu estava otimista.
E chegou o primeiro dos dois tão esperados dias. Sábado, sol forte. Daqueles que fazem você reclamar do calor até o anoitecer. Fui o primeiro da equipe a chegar no Kartódromo. Deveria ser umas dez horas. Do celular, o Flávio me instrui que não iríamos para a pista naquele período. Era preciso acertar o kart. Ele ainda não estava na mão. E poupar pneus também seria uma escolha interessante.
Algumas horas se passaram, solucionamos parte do problema, e já era hora de abastecer nossos exigentes estômagos. Antes do almoço, onde eu literalmente engoli a comida, de tanta pressa, ainda tive de comprar uma sapatilha, requinte este do qual eu não usufruía. Eu era um dos poucos pilotos que corria de chuteira. Na raça. E o Zé Barone me alertou quanto a isto. Se os caras da Federação me pegassem sem as aveludadas sapatilhas, ia sobrar pra mim.
Hora de voltar pro Luigi Borghesi Resort and Hospitality Kart World Center. Chegamos um pouco atrasados, eu, meu pai e meu tio. O Flávio estava na pista. Fui informado de que ele o Lucas já haviam arrumado o kart, deixando-o menos dianteiro. Dali a algum tempo, seria a minha hora de acelerar. Estava, eu, meio quieto, sem falar muita coisa. O pessoal percebeu isso. Bateu o frio na barriga.
Ali eu percebi que a pior parte, em ocasiões relevantes como esta, é os poucos minutos que antecedem à ida pra pista. Eu me sentia um pouco nervoso, tenso. Mas quando desviei dos pneus e dos cones e subi em direção a segunda reta do traçado, fiquei mais tranqüilo. Andei o ano inteiro naquela pista, não era nenhuma novidade para mim. Os tempos foram razoáveis até. Boas notícias.
Ainda deu tempo de ensaiar a entrada no box (em toda a oportunidade que algum piloto retornasse ao local, durante a corrida, teria de passar por uma balança de pesagem, e isso envolve todo um processo de desligar o motor em tal ponto, frear antes da linha branca, etc) e, para minha surpresa, participar da gravação de um vídeo. Treino encerrado, já estava guardando meu macacão, quando o Julião LG me convida: “Tem um cara que tem uma câmera no kart, e ele queria gravar uma disputa entre dois pilotos. Tem que ser meio ensaiado. Não acelera muito. Só liberaram por duas voltas.”. Foi tudo tão corrido que eu não sei se deu muito certo. Depois eu tento ver como ficou.
Antes de partir, tínhamos de resolver alguns pequenos empecilhos, como encaixar melhor meu banco (eu era o único que tinha um banco próprio, devido à minha estatura), inserir as pedras de chumbo de maneira adequada, confirmar a estratégia e coisas do tipo.
O fim do dia estava próximo. O lar nos chamava. Dormi.
Acordei.
Mal podia eu imaginar que aquele momento, um dos mais aguardados dos meus treze anos de vida, estava muito próximo de acontecer. Foram tantas as alegrias, as decepções, as vezes em que eu fiquei puto e as vezes em que eu rascunhava na minha cabeça como seriam as minhas corridas.
Enfim, não era hora de lero-lero. Se tinha alguma coisa que eu realmente estava naquele dia era focado, palavra esta, aliás, que está na moda. Chegamos cedo ao Kartódromo, afinal, tinha de ser feito o warm-up, o briefing, a tomada de tempo, o almoço e a digestão, tudo isso, antes das 13h30, quando começaria a corrida.
Nem vi o resultado do warm-up, só sei que o único encarregado de botar o #46 na pista foi o Flávio. A organização ainda fez o favor de cortar meia-hora de treino para fazer o briefing, algo que deveria ter sido agendado e comunicado com antecedência. Bom, deixa pra lá.
Na reunião dos pilotos com os ‘homi’, instruções, discussões (no bom sentido) e uma pequena dose de polêmica. Acabou que a largada foi alterada, de estilo ‘Le Mans’ para lançada. De resto, nada de muito importante a ser registrado.
Estava no regulamento: o piloto da equipe que fizesse a tomada classificatória teria, também, de largar. A nossa opção por colocar o Flávio pra começar era uma faca de dois gumes: por ser o mais pesado dos quatro pilotos, o tempo provavelmente não viria. Em compensação, sua experiência seria de extrema importância para que acidentes ou outro tipo de entrevero fossem evitados.
E a nossa perspectiva foi confirmada: 14º tempo. Sem problemas.
De almoço, apostei em um estupendo salgado de frango que frustrou minhas expectativas. Mas o importante mesmo era me hidratar com muita água. E isso eu fiz bem, vide a conta que meu pai teve de acertar no bar.
O ponteiro dos relógios brasilianos não falhava: já era ‘uma e meia da tarde’. Largaram. Nenhum acidente foi registrado. Mantivemos a nossa posição de partida: 14º.
Estava tudo sob controle. Oscilamos um pouco, mas era mais ou menos entre a 12ª, 13ª posição que, após sessenta e poucas voltas, o equipamento foi entregue para o próximo herói de nossa missão: meu tio. Quanto aos líderes e a outras posições específicas, reconheço que minha falha memória não quer se recordar.
Vale ressaltar que cada equipe teria de cumprir, obrigatoriamente, um pit stop de quinze minutos ou dois de sete minutos e meio. No nosso caso, escolhemos a segunda opção - e ainda teríamos de fazer uma entrada extra para que todos os quatro pilotos pudessem andar. A parada mais rápida foi logo a primeira. Acho que não houve nada de errado.
Sobre o meu tio, uma observação: ele havia andado muito pouco durante os preparativos para a corrida, e ele mesmo desconfiava que não agüentaria sessenta voltas seguidas. Mas ele, brava e heroicamente, conseguiu.
Após alguma pequena dificuldade para sinalizar ao piloto que ele deveria entrar no pit, fizemos nossa primeira parada obrigatória de sete minutos e meio. E o Lucas, na minha opinião quem mais poderia colaborar com a equipe, foi o próximo encarregado de comandar #46.
E ele mandou bem, estávamos subindo na classificação. Senão me falha a memória, nosso kart já ocupava a 10ª colocação (chegamos a andar em 4º ou 5º quando alguns karts estavam nos boxes), quando eis que um fato, com o perdão do clichê, lamentável, aconteceu por aquelas bandas.
Tudo começou quando o #89, pilotado por três senhores (se é que se pode dar a eles esse tipo de tratamento) que não me convém citar o nome agora, foi desclassifcado por atitude antidesportiva.
Coisa de macaco velho, de quem é ruim de braço e precisa pancar todo mundo pra tentar alguma coisa. Inclusive o meu tio foi atingido por trás por um desses cidadãos numa manobra que poderia ser facilmente evitada.
Mas aí o piloto entrou no box e, sem titubear, resolveu voltar pra pista, quando já havia tomado bandeira preta e deveria mesmo era sossegar o rabo. Nisso, já com aquele clima de tensão nos boxes, foi dada a bandeira vermelha, para que ele pudesse se retirar.
Após descer do kart, o sujeito e a sua equipe saíram peitando todo mundo, desde o cidadão que alugou o kart para eles até uma amiga dos pilotos. Enfim. Aí a confusão já tinha se generalizado.
A polícia militar, após alguma alma caridosa ter recorrido aos seus serviços, não tardou a chegar e pôs ordem na casa. Era mais do que necessário, já que ficou evidente que os seguranças não tinham punho para apartar a briga.
Um dos pilotos do kart #89, o mais velho, já que o outro era menor de idade, foi para a delegacia. Acompanhado de quem? Do Flávio e do meu tio! Não podiam levar alguém de outra equipe, não?
No meio disso tudo, a corrida já havia sido parada, e os pilotos que estavam na pista deveriam estar mais perdidos que cachorro em dia de mudança. Fui até lá para contar ao Lucas o que aconteceu. Deveríamos repensar a estratégia, dependendo do que fosse acontecer pelo restante da prova.
Briga encerrada, surge mais uma péssima notícia: um piloto, o Mamão, que havia deixado seu kart ainda na pista, foi atropelado por um concorrente e fraturara a perna. Que dia.
Dali em diante até a decisão do que seria do restante da corrida foi mais um parto, algo em torno de uma hora. Chegou-se a confirmar que a prova seria encerrada ali, já que muita gente fez as suas paradas durante bandeira vermelha e algumas equipes seriam beneficiadas. Mas acabou que um grupo de pilotos anunciou, após uma breve reunião, que a corrida teria, sim, prosseguimento. Porém, em vez de 20 minutos (o que sobrou das quatro horas, contando com o período em bandeira vermelha), o público teria a chance de ver mais uma hora de disputa.
Tendo que cumprir ainda mais uma parada obrigatória e com dois pilotos na delegacia (!), o que seria da nossa equipe? Eu estava apreensivo, mas o Lucas me tranqüilizou. Combinamos então que ele andaria em torno de quinze a vinte minutos até entrar, e seria a minha vez.
Pode ter sido apenas um estalo, mas eu tive a sensação de estar mais forte, mais confiante. Parece que eu cresço nessas ocasiões. Não é a primeira vez que eu percebo isso.
Para nossa felicidade, meu tio e o Flavio chegaram são e salvos da delegacia, a tempo de nos ajudar na parada. Precisaríamos encher o tanque e pôr o lastro. Em relação aos pneus, resolvemos não trocá-los.
Mas para nossa, e mais precisamente, minha infelicidade, o Lucas retornou aos boxes duas voltas antes do previsto. E já sinalizava, com os braços, que acabou. Eu não acreditava. Disse ele que o freio já não era mais existente, pois ele quase se acidentou com outro piloto, tendo que passar reto numa curva.
O que fazer? Depois de uma precisa e breve discussão, ficou decidido: iríamos tentar arrumar o #46, que também tinha a sua direção bastante avariada. A corrida, que ficara bastante promissora, foi pro saco. Perdemos no mínimo uns quinze minutos nos boxes, consertando o kart, com a única finalidade de me pôr na pista. Naquela hora, a satisfação de apenas participar foi maior que a de ganhar, afinal, se a corrida mesmo acabasse ali, eu encerraria minha participação nas 4 Horas sem sequer sentar no kart. E é aí que eu quero agradecer a todos que botaram a mão na massa e colaboraram com este feito: meu pai, meu tio, o Flávio, o Gabriel, o Lucas, o Newton e o Fábio. Me alertaram por diversas vezes que era para eu tomar cuidado, que se o freio não estivesse funcionando, era pra retornar pros boxes, etc e tal.
Faltava menos de meia hora para o término da prova. Sentei no kart. Meu pai o empurrou, até a linha onde o motor tem de ser ligado. Tudo pronto. Meu pai dá o já tradicional tapinha no capacete e eu acelero. Chegou a minha hora. Como tinha dito o Fábio, eu teria de correr para curtir, porque resultado, naquela hora, não era a meta principal.
Os freios estavam ok, mas a direção me traía nas freadas. Além de sair de frente, por conta do desgaste dos pneus, o volante não estava firme. Em curvas de baixa, quando eu metia o pé no freio, ele tremia muito. Enfim, fui ultrapassado por quatro karts, todos eles, claro, dando uma volta no mané aqui.
Mas aí a minha corrida acabou de maneira prematura. Minha participação nas 4 Horas se encerrou em cerca de 15 minutos.
Ao me ultrapassar, o Franchello, que liderava a prova, encontrou pela frente um kart que aparentava estar bastante lento. Eu estava logo atrás dos dois, quando, na curva do U, este outro kart freiou muito antes, colidindo-se com o Franchello. Este acabou rodando, e aí sobrou pra mim.
Enchi em cheio a carenagem do Franchello, já que eu ainda estava em plena aceleração. Na hora já dava pra perceber que as esperanças morreram por ali. Tentei ao menos levar a criança até aos boxes, mas, ao descer lentamente o Bacião, a roda quebrou e foi parar embaixo da minha perna. Encostei no canto da pista. Só me restou lamentar.
Graças a Deus entenderam que a culpa no acidente não foi minha, fui uma vítima. Eu não queria ficar com o peso de ter batido logo na primeira corrida. Inclusive, ao chegar da pista, meu tio disse que eu estava andando bem (embora ele tenha sido um pouco generoso nos elogios) e me parabenizou pela estréia. Fiquei feliz.
Enfim. Quanto a corrida, quem acabou vencendo foi a equipe Nipo Racing Team, formada pela dupla Luizinho-Aldo, que foi crescendo ao longo da prova. Mais que merecido, consolidando a hegemonia oriental no nosso glorioso Kartódromo de Londrina.
Após o encerramento da corrida, principalmente via e-mail, vários pilotos contestaram o resultado da prova, alegando que algumas equipes se beneficiaram por não terem cumprido as paradas obrigatórias. A polêmica não teria acontecido se a Federação Paranaense de Automobilismo, supervisora da prova, tivesse feito um trabalho competente na corrida. Eu duvido que a maioria dos comissários sequer leu o regulamento, já que eles não conseguiram sanar algumas dúvidas minhas. Além disso, ouvi por aí que a direção de prova não tinha o controle de quem fez e quem não fez os pit stops obrigatórios. Providências, por parte da FPrA, têm de ser tomadas. O pior dos cegos é aquele que finge não ver.
Em tempo (1): até onde eu fui informado, um dos sujeitos do #89, o mais velho, poderá ser proibido de pisar em qualquer Kartódromo ou Autódromo do país.
Em tempo (2): Mamão, após passar por cirurgia, já está em fase de recuperação.
Agora, apesar de tudo, valeu a pena. Achei um tesão participar de uma corrida oficial, não só pelo prazer de pilotar, mas também por todo aquele clima que nos cerca às vésperas da prova.
Vou fazer isso mais vezes.
Outras informações sobre a II Copa Saúde 4 Horas de Kart Cidade de Londrina podem ser encontradas nos seguintes sites:
www.folhadelondrina.com.br
www.gravidadezero.com.br
www.kartlondrina.com.br
A vida é imprevisível. Aprendi isso no domingo passado (14).
Tudo passou tão rápido. Parece que era ontem que a gente falava, um para o outro, ‘nossa, preciso me preparar! Faltam só três semanas para a corrida!’.
Corrida (amadora) esta, que seria a primeira do pequeno e modesto currículo do colunista: a II Copa Saúde 4 Horas de Kart Cidade de Londrina. Foram utilizados karts com motores 13hp sorteados por um único preparador, no caso, o Marquinhos. O chassis escolhido ficava a critério de cada equipe, que poderia contar com dois, três, ou até quatro pilotos. Cada um dos participantes deveria percorrer, na prova, um mínimo de 60 voltas, e, junto ao kart, pesar 180 kg ou mais. Em suma, o regulamento era este.
A minha equipe (denominada carinhosamente de 'Os Persistentes'), formada por três ‘novatos’ - o Lucas do Valle, meu tio, Carlos José da Costa Branco, e eu - e um cara mais experiente - o Flávio Merenciano -, tinha boas pretensões na corrida. Não exigíamos de cada um que buscasse a vitória, mas estar entre os dez primeiros (de dezoito karts) era uma meta bastante alcançável. Tudo ocorria dentro da normalidade. Durante a semana, fui treinar em quase todos os dias, para me adaptar ao chassis, e providenciamos o que deveria ser providenciado.
Surge o primeiro imprevisto: pude experimentar o kart com as desagradáveis pedras de chumbo e seus pesados 27 quilos apenas na sexta-feira (sem elas, eu não atingiria os 180 kg). Não digo que foi uma maravilha, mas não era tão ruim como eu pensava. Os tempos estavam um pouco altos, mas foi questão de tempo para que eu conseguisse melhorá-los.
Das diversas coisas que pensei na sexta à noite, quando eu deveria estar dormindo, algo que eu não conseguia fazer, era que eu tinha a sensação de que fizemos algumas coisas de última hora. A ausência de um preparador que pudesse atender exclusivamente às nossas necessidades também passou pelas minhas filosofias. Porém já era tarde. O que já foi fica na lembrança. Eu tinha de pensar no amanhã. E no depois de amanhã. Só. Confesso que eu estava concentrado, ao ponto de não conseguir me relaxar nas horas de folga. Mas, apesar de tudo, eu estava otimista.
E chegou o primeiro dos dois tão esperados dias. Sábado, sol forte. Daqueles que fazem você reclamar do calor até o anoitecer. Fui o primeiro da equipe a chegar no Kartódromo. Deveria ser umas dez horas. Do celular, o Flávio me instrui que não iríamos para a pista naquele período. Era preciso acertar o kart. Ele ainda não estava na mão. E poupar pneus também seria uma escolha interessante.
Algumas horas se passaram, solucionamos parte do problema, e já era hora de abastecer nossos exigentes estômagos. Antes do almoço, onde eu literalmente engoli a comida, de tanta pressa, ainda tive de comprar uma sapatilha, requinte este do qual eu não usufruía. Eu era um dos poucos pilotos que corria de chuteira. Na raça. E o Zé Barone me alertou quanto a isto. Se os caras da Federação me pegassem sem as aveludadas sapatilhas, ia sobrar pra mim.
Hora de voltar pro Luigi Borghesi Resort and Hospitality Kart World Center. Chegamos um pouco atrasados, eu, meu pai e meu tio. O Flávio estava na pista. Fui informado de que ele o Lucas já haviam arrumado o kart, deixando-o menos dianteiro. Dali a algum tempo, seria a minha hora de acelerar. Estava, eu, meio quieto, sem falar muita coisa. O pessoal percebeu isso. Bateu o frio na barriga.
Ali eu percebi que a pior parte, em ocasiões relevantes como esta, é os poucos minutos que antecedem à ida pra pista. Eu me sentia um pouco nervoso, tenso. Mas quando desviei dos pneus e dos cones e subi em direção a segunda reta do traçado, fiquei mais tranqüilo. Andei o ano inteiro naquela pista, não era nenhuma novidade para mim. Os tempos foram razoáveis até. Boas notícias.
Ainda deu tempo de ensaiar a entrada no box (em toda a oportunidade que algum piloto retornasse ao local, durante a corrida, teria de passar por uma balança de pesagem, e isso envolve todo um processo de desligar o motor em tal ponto, frear antes da linha branca, etc) e, para minha surpresa, participar da gravação de um vídeo. Treino encerrado, já estava guardando meu macacão, quando o Julião LG me convida: “Tem um cara que tem uma câmera no kart, e ele queria gravar uma disputa entre dois pilotos. Tem que ser meio ensaiado. Não acelera muito. Só liberaram por duas voltas.”. Foi tudo tão corrido que eu não sei se deu muito certo. Depois eu tento ver como ficou.
Antes de partir, tínhamos de resolver alguns pequenos empecilhos, como encaixar melhor meu banco (eu era o único que tinha um banco próprio, devido à minha estatura), inserir as pedras de chumbo de maneira adequada, confirmar a estratégia e coisas do tipo.
O fim do dia estava próximo. O lar nos chamava. Dormi.
Acordei.
Mal podia eu imaginar que aquele momento, um dos mais aguardados dos meus treze anos de vida, estava muito próximo de acontecer. Foram tantas as alegrias, as decepções, as vezes em que eu fiquei puto e as vezes em que eu rascunhava na minha cabeça como seriam as minhas corridas.
Enfim, não era hora de lero-lero. Se tinha alguma coisa que eu realmente estava naquele dia era focado, palavra esta, aliás, que está na moda. Chegamos cedo ao Kartódromo, afinal, tinha de ser feito o warm-up, o briefing, a tomada de tempo, o almoço e a digestão, tudo isso, antes das 13h30, quando começaria a corrida.
Nem vi o resultado do warm-up, só sei que o único encarregado de botar o #46 na pista foi o Flávio. A organização ainda fez o favor de cortar meia-hora de treino para fazer o briefing, algo que deveria ter sido agendado e comunicado com antecedência. Bom, deixa pra lá.
Na reunião dos pilotos com os ‘homi’, instruções, discussões (no bom sentido) e uma pequena dose de polêmica. Acabou que a largada foi alterada, de estilo ‘Le Mans’ para lançada. De resto, nada de muito importante a ser registrado.
Estava no regulamento: o piloto da equipe que fizesse a tomada classificatória teria, também, de largar. A nossa opção por colocar o Flávio pra começar era uma faca de dois gumes: por ser o mais pesado dos quatro pilotos, o tempo provavelmente não viria. Em compensação, sua experiência seria de extrema importância para que acidentes ou outro tipo de entrevero fossem evitados.
E a nossa perspectiva foi confirmada: 14º tempo. Sem problemas.
De almoço, apostei em um estupendo salgado de frango que frustrou minhas expectativas. Mas o importante mesmo era me hidratar com muita água. E isso eu fiz bem, vide a conta que meu pai teve de acertar no bar.
O ponteiro dos relógios brasilianos não falhava: já era ‘uma e meia da tarde’. Largaram. Nenhum acidente foi registrado. Mantivemos a nossa posição de partida: 14º.
Estava tudo sob controle. Oscilamos um pouco, mas era mais ou menos entre a 12ª, 13ª posição que, após sessenta e poucas voltas, o equipamento foi entregue para o próximo herói de nossa missão: meu tio. Quanto aos líderes e a outras posições específicas, reconheço que minha falha memória não quer se recordar.
Vale ressaltar que cada equipe teria de cumprir, obrigatoriamente, um pit stop de quinze minutos ou dois de sete minutos e meio. No nosso caso, escolhemos a segunda opção - e ainda teríamos de fazer uma entrada extra para que todos os quatro pilotos pudessem andar. A parada mais rápida foi logo a primeira. Acho que não houve nada de errado.
Sobre o meu tio, uma observação: ele havia andado muito pouco durante os preparativos para a corrida, e ele mesmo desconfiava que não agüentaria sessenta voltas seguidas. Mas ele, brava e heroicamente, conseguiu.
Após alguma pequena dificuldade para sinalizar ao piloto que ele deveria entrar no pit, fizemos nossa primeira parada obrigatória de sete minutos e meio. E o Lucas, na minha opinião quem mais poderia colaborar com a equipe, foi o próximo encarregado de comandar #46.
E ele mandou bem, estávamos subindo na classificação. Senão me falha a memória, nosso kart já ocupava a 10ª colocação (chegamos a andar em 4º ou 5º quando alguns karts estavam nos boxes), quando eis que um fato, com o perdão do clichê, lamentável, aconteceu por aquelas bandas.
Tudo começou quando o #89, pilotado por três senhores (se é que se pode dar a eles esse tipo de tratamento) que não me convém citar o nome agora, foi desclassifcado por atitude antidesportiva.
Coisa de macaco velho, de quem é ruim de braço e precisa pancar todo mundo pra tentar alguma coisa. Inclusive o meu tio foi atingido por trás por um desses cidadãos numa manobra que poderia ser facilmente evitada.
Mas aí o piloto entrou no box e, sem titubear, resolveu voltar pra pista, quando já havia tomado bandeira preta e deveria mesmo era sossegar o rabo. Nisso, já com aquele clima de tensão nos boxes, foi dada a bandeira vermelha, para que ele pudesse se retirar.
Após descer do kart, o sujeito e a sua equipe saíram peitando todo mundo, desde o cidadão que alugou o kart para eles até uma amiga dos pilotos. Enfim. Aí a confusão já tinha se generalizado.
A polícia militar, após alguma alma caridosa ter recorrido aos seus serviços, não tardou a chegar e pôs ordem na casa. Era mais do que necessário, já que ficou evidente que os seguranças não tinham punho para apartar a briga.
Um dos pilotos do kart #89, o mais velho, já que o outro era menor de idade, foi para a delegacia. Acompanhado de quem? Do Flávio e do meu tio! Não podiam levar alguém de outra equipe, não?
No meio disso tudo, a corrida já havia sido parada, e os pilotos que estavam na pista deveriam estar mais perdidos que cachorro em dia de mudança. Fui até lá para contar ao Lucas o que aconteceu. Deveríamos repensar a estratégia, dependendo do que fosse acontecer pelo restante da prova.
Briga encerrada, surge mais uma péssima notícia: um piloto, o Mamão, que havia deixado seu kart ainda na pista, foi atropelado por um concorrente e fraturara a perna. Que dia.
Dali em diante até a decisão do que seria do restante da corrida foi mais um parto, algo em torno de uma hora. Chegou-se a confirmar que a prova seria encerrada ali, já que muita gente fez as suas paradas durante bandeira vermelha e algumas equipes seriam beneficiadas. Mas acabou que um grupo de pilotos anunciou, após uma breve reunião, que a corrida teria, sim, prosseguimento. Porém, em vez de 20 minutos (o que sobrou das quatro horas, contando com o período em bandeira vermelha), o público teria a chance de ver mais uma hora de disputa.
Tendo que cumprir ainda mais uma parada obrigatória e com dois pilotos na delegacia (!), o que seria da nossa equipe? Eu estava apreensivo, mas o Lucas me tranqüilizou. Combinamos então que ele andaria em torno de quinze a vinte minutos até entrar, e seria a minha vez.
Pode ter sido apenas um estalo, mas eu tive a sensação de estar mais forte, mais confiante. Parece que eu cresço nessas ocasiões. Não é a primeira vez que eu percebo isso.
Para nossa felicidade, meu tio e o Flavio chegaram são e salvos da delegacia, a tempo de nos ajudar na parada. Precisaríamos encher o tanque e pôr o lastro. Em relação aos pneus, resolvemos não trocá-los.
Mas para nossa, e mais precisamente, minha infelicidade, o Lucas retornou aos boxes duas voltas antes do previsto. E já sinalizava, com os braços, que acabou. Eu não acreditava. Disse ele que o freio já não era mais existente, pois ele quase se acidentou com outro piloto, tendo que passar reto numa curva.
O que fazer? Depois de uma precisa e breve discussão, ficou decidido: iríamos tentar arrumar o #46, que também tinha a sua direção bastante avariada. A corrida, que ficara bastante promissora, foi pro saco. Perdemos no mínimo uns quinze minutos nos boxes, consertando o kart, com a única finalidade de me pôr na pista. Naquela hora, a satisfação de apenas participar foi maior que a de ganhar, afinal, se a corrida mesmo acabasse ali, eu encerraria minha participação nas 4 Horas sem sequer sentar no kart. E é aí que eu quero agradecer a todos que botaram a mão na massa e colaboraram com este feito: meu pai, meu tio, o Flávio, o Gabriel, o Lucas, o Newton e o Fábio. Me alertaram por diversas vezes que era para eu tomar cuidado, que se o freio não estivesse funcionando, era pra retornar pros boxes, etc e tal.
Faltava menos de meia hora para o término da prova. Sentei no kart. Meu pai o empurrou, até a linha onde o motor tem de ser ligado. Tudo pronto. Meu pai dá o já tradicional tapinha no capacete e eu acelero. Chegou a minha hora. Como tinha dito o Fábio, eu teria de correr para curtir, porque resultado, naquela hora, não era a meta principal.
Os freios estavam ok, mas a direção me traía nas freadas. Além de sair de frente, por conta do desgaste dos pneus, o volante não estava firme. Em curvas de baixa, quando eu metia o pé no freio, ele tremia muito. Enfim, fui ultrapassado por quatro karts, todos eles, claro, dando uma volta no mané aqui.
Mas aí a minha corrida acabou de maneira prematura. Minha participação nas 4 Horas se encerrou em cerca de 15 minutos.
Ao me ultrapassar, o Franchello, que liderava a prova, encontrou pela frente um kart que aparentava estar bastante lento. Eu estava logo atrás dos dois, quando, na curva do U, este outro kart freiou muito antes, colidindo-se com o Franchello. Este acabou rodando, e aí sobrou pra mim.
Enchi em cheio a carenagem do Franchello, já que eu ainda estava em plena aceleração. Na hora já dava pra perceber que as esperanças morreram por ali. Tentei ao menos levar a criança até aos boxes, mas, ao descer lentamente o Bacião, a roda quebrou e foi parar embaixo da minha perna. Encostei no canto da pista. Só me restou lamentar.
Graças a Deus entenderam que a culpa no acidente não foi minha, fui uma vítima. Eu não queria ficar com o peso de ter batido logo na primeira corrida. Inclusive, ao chegar da pista, meu tio disse que eu estava andando bem (embora ele tenha sido um pouco generoso nos elogios) e me parabenizou pela estréia. Fiquei feliz.
Enfim. Quanto a corrida, quem acabou vencendo foi a equipe Nipo Racing Team, formada pela dupla Luizinho-Aldo, que foi crescendo ao longo da prova. Mais que merecido, consolidando a hegemonia oriental no nosso glorioso Kartódromo de Londrina.
Após o encerramento da corrida, principalmente via e-mail, vários pilotos contestaram o resultado da prova, alegando que algumas equipes se beneficiaram por não terem cumprido as paradas obrigatórias. A polêmica não teria acontecido se a Federação Paranaense de Automobilismo, supervisora da prova, tivesse feito um trabalho competente na corrida. Eu duvido que a maioria dos comissários sequer leu o regulamento, já que eles não conseguiram sanar algumas dúvidas minhas. Além disso, ouvi por aí que a direção de prova não tinha o controle de quem fez e quem não fez os pit stops obrigatórios. Providências, por parte da FPrA, têm de ser tomadas. O pior dos cegos é aquele que finge não ver.
Em tempo (1): até onde eu fui informado, um dos sujeitos do #89, o mais velho, poderá ser proibido de pisar em qualquer Kartódromo ou Autódromo do país.
Em tempo (2): Mamão, após passar por cirurgia, já está em fase de recuperação.
Agora, apesar de tudo, valeu a pena. Achei um tesão participar de uma corrida oficial, não só pelo prazer de pilotar, mas também por todo aquele clima que nos cerca às vésperas da prova.
Vou fazer isso mais vezes.
Outras informações sobre a II Copa Saúde 4 Horas de Kart Cidade de Londrina podem ser encontradas nos seguintes sites:
www.folhadelondrina.com.br
www.gravidadezero.com.br
www.kartlondrina.com.br
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
O melhor da F-1 2008
Como já é de praxe, depois de uma das grandes temporadas que a F-1 já viu, chegou a hora das tradicionais listinhas de fim de ano, essenciais para passar a régua no que foi visto no campeonato. E aí, concorda com as escolhas?
Besteira do ano
Começamos pela categoria mais indesejada. Hamilton, ao encher a traseira de Kimi Raikkonen em pleno pit lane no GP do Canadá, até tentou. A Ferrari, com seu mal-sucedido pirulito eletrônico nas ruas de Cingapura, se superou. Mas o dono deste troféu, indiscutivelmente, é Max Mosley, presidente da FIA, que com seu apelo nazista, conquistou uma meia-dúzia de prostitutas britânicas.
Melhor corrida
Como há algum tempo já não se via, 2008 protagonizou uma temporada repleta de corridas emocionantes na F-1 - exemplos de Austrália, Mônaco, Canadá, Itália, Bélgica, Cingapura, Japão, entre outros. Mas a que inegavelmente entrou para a história foi o GP do Brasil, onde o campeonato teve seu desfecho definido na última volta, mais precisamente na subida da Junção. Inesquecível. Inexplicável.
Melhor desempenho
Lewis Hamilton sabe se sobressair nas chamadas ‘corridas malucas’, como foi o caso dos GPs da Austrália e da Inglaterra. Felipe Massa, a partir do segundo terço do campeonato, também dominou algumas provas, a exemplo dos GPs do Bahrein, Europa e Brasil. Mas quem leva o prêmio desta categoria é o surpreendente Sebastian Vettel, com sua atuação impecável em todo o final de semana do GP da Itália, em Monza.
Melhor ultrapassagem
Hamilton sobre Raikkonen, em Spa. Menção honrosa às manobras de Massa sobre Kovalainen e Barrichello, no Canadá, e de Heidfeld sobre Alonso e Webber, na Malásia.
Acidente do ano
Felizmente, 2008 não proporcionou grandiosos acidentes, nem plástica e nem drasticamente. A colisão que poderia ter causado alguma preocupação foi a de Heikki Kovalainen, no GP da Espanha.
Herói sem glória
Apesar do talento, da dedicação e dos resultados recentes (os números provam: ele foi superior a Button em 2008, conquistando inclusive um heróico pódio para a Honda), Rubens Barrichello pode deixar a F-1 pela porta dos fundos e pendurar o capacete. Sem dúvida, é um final de carreira melancólico, o do piloto brasileiro.
Surpresa do ano
Foram muitas. Para se ter uma idéia, 14 dos 20 pilotos subiram no pódio nesta temporada, o que é um número bastante convincente. Além disso, tivemos três corredores que obtiveram a primeira vitória em 2008: Kubica, Kovalainen e Vettel. E é para este último que vai o troféu de surpresa do ano. Vencer de ponta a ponta em Monza com uma Toro Rosso aos 21 anos de idade não é das tarefas mais fáceis.
Decepção do ano
Nelsinho Piquet, com alguma disparidade. Apesar da 2ª colocação em Hockenheim e do 4º lugar em Fuji, Piquet Jr mostrou-se um tanto quanto imaturo neste campeonato, cometendo muitos erros infantis e sendo muito irregular. Precisa se motivar mais para melhorar seus resultados em 2009.
Melhor equipe
Apesar do constante problema com o aquecimento de pneus, a Ferrari perece ter tido mais carro. Entretanto, os comandados de Maranello se perderam inteiramente com relação a estratégias e alguns incidentes nos boxes. Algumas corridas foram perdidas neste quesito, como em Mônaco e em Cingapura - e isto determinou o rumo de Felipe Massa no campeonato.
Top 10: Os melhores pilotos da temporada
10) Sébastien Bourdais (Toro Rosso)
9) Jarno Trulli (Toyota)
8) Heikki Kovalainen (McLaren)
7) Nick Heidfeld (BMW)
6) Kimi Raikkonen (Ferrari)
5) Sebastian Vettel (Toro Rosso)
4) Robert Kubica (BMW)
3) Fernando Alonso (Renault)
2) Lewis Hamilton (McLaren)
1) Felipe Massa (Ferrari)
Um sonho que virou pesadelo
A coluna estava quase fechada quando surge o boato: a Honda estaria fora da F-1? Sim, e este boato foi confirmado nesta sexta-feira pelo próprio presidente da empresa, Takeo Fukui, no Japão. Para o paddock, foi um baque, uma bomba, considerado por muitos a notícia do ano.
A justificativa pela ausência na categoria, segundo Fukui, é a crise econômica mundial, que prejudicou a empresa nipônica principalmente no mercado norte-americano - foi por lá que a companhia sofreu um decréscimo de 32% no número de vendas.
Com isso, Jenson Button, Rubens Barrichello, Bruno Senna e Lucas di Grassi estão, por enquanto, desempregados. A Petrobras, que a partir de 2009 passaria a ser a fornecedora de combustível para a equipe, teve seu contrato rasgado, jogando por água abaixo um ambicioso projeto da estatal brasileira.
São mostras claras de que a crise já afetou o esporte. Mais especificamente, o automobilismo. Há quem diga que a Toyota, outra montadora, possa tomar o mesmo rumo da sua principal concorrente.
E agora? 18 carros no grid? O que vai ser da categoria? As montadoras vão mesmo deixar a F-1? Seria a volta, para felicidade do colunista, das garagistas?
Para quem encerrou 2008 tão bem, 2009 nem começou e Bernie Ecclestone terá que mexer seus pauzinhos para resolver grandes problemas.
Besteira do ano
Começamos pela categoria mais indesejada. Hamilton, ao encher a traseira de Kimi Raikkonen em pleno pit lane no GP do Canadá, até tentou. A Ferrari, com seu mal-sucedido pirulito eletrônico nas ruas de Cingapura, se superou. Mas o dono deste troféu, indiscutivelmente, é Max Mosley, presidente da FIA, que com seu apelo nazista, conquistou uma meia-dúzia de prostitutas britânicas.
Melhor corrida
Como há algum tempo já não se via, 2008 protagonizou uma temporada repleta de corridas emocionantes na F-1 - exemplos de Austrália, Mônaco, Canadá, Itália, Bélgica, Cingapura, Japão, entre outros. Mas a que inegavelmente entrou para a história foi o GP do Brasil, onde o campeonato teve seu desfecho definido na última volta, mais precisamente na subida da Junção. Inesquecível. Inexplicável.
Melhor desempenho
Lewis Hamilton sabe se sobressair nas chamadas ‘corridas malucas’, como foi o caso dos GPs da Austrália e da Inglaterra. Felipe Massa, a partir do segundo terço do campeonato, também dominou algumas provas, a exemplo dos GPs do Bahrein, Europa e Brasil. Mas quem leva o prêmio desta categoria é o surpreendente Sebastian Vettel, com sua atuação impecável em todo o final de semana do GP da Itália, em Monza.
Melhor ultrapassagem
Hamilton sobre Raikkonen, em Spa. Menção honrosa às manobras de Massa sobre Kovalainen e Barrichello, no Canadá, e de Heidfeld sobre Alonso e Webber, na Malásia.
Acidente do ano
Felizmente, 2008 não proporcionou grandiosos acidentes, nem plástica e nem drasticamente. A colisão que poderia ter causado alguma preocupação foi a de Heikki Kovalainen, no GP da Espanha.
Herói sem glória
Apesar do talento, da dedicação e dos resultados recentes (os números provam: ele foi superior a Button em 2008, conquistando inclusive um heróico pódio para a Honda), Rubens Barrichello pode deixar a F-1 pela porta dos fundos e pendurar o capacete. Sem dúvida, é um final de carreira melancólico, o do piloto brasileiro.
Surpresa do ano
Foram muitas. Para se ter uma idéia, 14 dos 20 pilotos subiram no pódio nesta temporada, o que é um número bastante convincente. Além disso, tivemos três corredores que obtiveram a primeira vitória em 2008: Kubica, Kovalainen e Vettel. E é para este último que vai o troféu de surpresa do ano. Vencer de ponta a ponta em Monza com uma Toro Rosso aos 21 anos de idade não é das tarefas mais fáceis.
Decepção do ano
Nelsinho Piquet, com alguma disparidade. Apesar da 2ª colocação em Hockenheim e do 4º lugar em Fuji, Piquet Jr mostrou-se um tanto quanto imaturo neste campeonato, cometendo muitos erros infantis e sendo muito irregular. Precisa se motivar mais para melhorar seus resultados em 2009.
Melhor equipe
Apesar do constante problema com o aquecimento de pneus, a Ferrari perece ter tido mais carro. Entretanto, os comandados de Maranello se perderam inteiramente com relação a estratégias e alguns incidentes nos boxes. Algumas corridas foram perdidas neste quesito, como em Mônaco e em Cingapura - e isto determinou o rumo de Felipe Massa no campeonato.
Top 10: Os melhores pilotos da temporada
10) Sébastien Bourdais (Toro Rosso)
9) Jarno Trulli (Toyota)
8) Heikki Kovalainen (McLaren)
7) Nick Heidfeld (BMW)
6) Kimi Raikkonen (Ferrari)
5) Sebastian Vettel (Toro Rosso)
4) Robert Kubica (BMW)
3) Fernando Alonso (Renault)
2) Lewis Hamilton (McLaren)
1) Felipe Massa (Ferrari)
Um sonho que virou pesadelo
A coluna estava quase fechada quando surge o boato: a Honda estaria fora da F-1? Sim, e este boato foi confirmado nesta sexta-feira pelo próprio presidente da empresa, Takeo Fukui, no Japão. Para o paddock, foi um baque, uma bomba, considerado por muitos a notícia do ano.
A justificativa pela ausência na categoria, segundo Fukui, é a crise econômica mundial, que prejudicou a empresa nipônica principalmente no mercado norte-americano - foi por lá que a companhia sofreu um decréscimo de 32% no número de vendas.
Com isso, Jenson Button, Rubens Barrichello, Bruno Senna e Lucas di Grassi estão, por enquanto, desempregados. A Petrobras, que a partir de 2009 passaria a ser a fornecedora de combustível para a equipe, teve seu contrato rasgado, jogando por água abaixo um ambicioso projeto da estatal brasileira.
São mostras claras de que a crise já afetou o esporte. Mais especificamente, o automobilismo. Há quem diga que a Toyota, outra montadora, possa tomar o mesmo rumo da sua principal concorrente.
E agora? 18 carros no grid? O que vai ser da categoria? As montadoras vão mesmo deixar a F-1? Seria a volta, para felicidade do colunista, das garagistas?
Para quem encerrou 2008 tão bem, 2009 nem começou e Bernie Ecclestone terá que mexer seus pauzinhos para resolver grandes problemas.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Pensando em 2009
Resolvidos todos os afazeres, cá estou novamente, após algum tempo sem escrever.
Como de costume, a temporada mal acabou e as equipes já colocam a mão na massa para acertar os carros do campeonato seguinte. E, sabido que a Fórmula 1 passará por grandes novidades e profundas reformulações em seu regulamento técnico em 2009, o trabalho destes últimos meses parece ser mais intenso.
Dentre estas embarcações, a que mais causa dor de cabeça aos engenheiros é o KERS (Kinetic Energy Recovery System), apetrecho que é opcional para os carros da próxima temporada, mas pode se tornar um amuleto para quem o utiliza. Para quem não sabe, o KERS é um cilindro onde se armazena a energia gasta nas frenagens e transforma esta mesma energia em mais potência no motor - mais precisamente falando, um ganho de cerca de 80 hp.
O grande problema é que o cilindro pode pesar até 60 kg, e ele, obrigatoriamente, deverá ser instalado na parte traseira do bólido - onde já se encontram o motor e o tanque de combustível. Aí é que mora o problema: o que fazer para balancear o peso dos carros? A turma da prancheta está procurando as melhores respostas.
Além disso, em torno de 30% do downforce dos carros vai ser exilado por conta da restrição daqueles horrorosos penduricalhos que nos últimos anos decoravam os modelos. Esta ausência, no entanto, será recompensada com a volta dos pneus slick, muito comemorada pelos mais saudosos.
Tudo isso para que, é o que todos esperam, seja mais fácil ultrapassar na F-1. Alguns já disseram que essas mudanças não surtirão tanto efeito, mas o que vale é a tentativa. Se pelo menos puderem repetir as cenas da temporada de 2008, quando o campeão foi definido na penúltima curva, já está de bom tamanho.
Mercado quase fechado
Enquanto isso, nos bastidores, vive-se na categoria uma temporada fraca em termos de mercado de pilotos. Com a iminente confirmação da permanência de Fernando Alonso na Renault, aos poucos, as portas vão se fechando. As duas únicas equipes que ainda têm vagas em aberto são Toro Rosso e Honda (há quem diga que Pedro de la Rosa possa tomar o lugar de Giancarlo Fisichella na Force India, mas isso seria muita sacanagem com o esforçado italiano).
Na escuderia de Faenza, a situação parece ser um pouco menos complexa. Depois dos testes de Barcelona, onde Sébastien Bourdais, Takuma Sato e Sébastien Buemi foram avaliados, um dos cockpits começa a inclinar para este último, integrante do programa de pilotos da Red Bull e queridinho de Dietrich Mateschitz. A vaga restante deve sobrar para quem vier com patrocínio. Pagou, levou. Bourdais e Sato já admitiram que não tem tal poder aquisitivo, mas é um dos dois que deve ficar com a vaga, embora Bruno Senna e Rubens Barrichello podem aparecer de surpresa.
Falando nisso, são esses dois, junto com o também brasileiro Lucas di Grassi, que batalham veementemente por um dos carros da Honda - o outro já é de Jenson Button. Rubens parecia ser carta fora do baralho, porém, com sua experiência e dedicação, ainda tem chances. Di Grassi agradou, mas quem surpreendeu mesmo foi Bruno Senna, que não fez feio em sua primeira experiência com um F-1.
E já que pouca gente falou nisso, vale a pena lembrar: pela primeira vez o campeão da GP2 não fará parte da F-1 no ano seguinte, como é o caso de Giorgio Pantano, que deve ter algum campeonato renomado de turismo como destino.
Ressalta-se, então, que faltam equipes e sobram pilotos na categoria. Já não é de hoje que os fãs reclamam que deveria haver mais carros no grid. Vá entender Bernie Ecclestone.
Já foram os tempos em que corredores do naipe de Domenico Schiattarella, Jean Denis Deletraz, Taki Inoue e Philippe Adams aceleravam um Fórmula 1...
Colaborou Thiago Arantes
Como de costume, a temporada mal acabou e as equipes já colocam a mão na massa para acertar os carros do campeonato seguinte. E, sabido que a Fórmula 1 passará por grandes novidades e profundas reformulações em seu regulamento técnico em 2009, o trabalho destes últimos meses parece ser mais intenso.
Dentre estas embarcações, a que mais causa dor de cabeça aos engenheiros é o KERS (Kinetic Energy Recovery System), apetrecho que é opcional para os carros da próxima temporada, mas pode se tornar um amuleto para quem o utiliza. Para quem não sabe, o KERS é um cilindro onde se armazena a energia gasta nas frenagens e transforma esta mesma energia em mais potência no motor - mais precisamente falando, um ganho de cerca de 80 hp.
O grande problema é que o cilindro pode pesar até 60 kg, e ele, obrigatoriamente, deverá ser instalado na parte traseira do bólido - onde já se encontram o motor e o tanque de combustível. Aí é que mora o problema: o que fazer para balancear o peso dos carros? A turma da prancheta está procurando as melhores respostas.
Além disso, em torno de 30% do downforce dos carros vai ser exilado por conta da restrição daqueles horrorosos penduricalhos que nos últimos anos decoravam os modelos. Esta ausência, no entanto, será recompensada com a volta dos pneus slick, muito comemorada pelos mais saudosos.
Tudo isso para que, é o que todos esperam, seja mais fácil ultrapassar na F-1. Alguns já disseram que essas mudanças não surtirão tanto efeito, mas o que vale é a tentativa. Se pelo menos puderem repetir as cenas da temporada de 2008, quando o campeão foi definido na penúltima curva, já está de bom tamanho.
Mercado quase fechado
Enquanto isso, nos bastidores, vive-se na categoria uma temporada fraca em termos de mercado de pilotos. Com a iminente confirmação da permanência de Fernando Alonso na Renault, aos poucos, as portas vão se fechando. As duas únicas equipes que ainda têm vagas em aberto são Toro Rosso e Honda (há quem diga que Pedro de la Rosa possa tomar o lugar de Giancarlo Fisichella na Force India, mas isso seria muita sacanagem com o esforçado italiano).
Na escuderia de Faenza, a situação parece ser um pouco menos complexa. Depois dos testes de Barcelona, onde Sébastien Bourdais, Takuma Sato e Sébastien Buemi foram avaliados, um dos cockpits começa a inclinar para este último, integrante do programa de pilotos da Red Bull e queridinho de Dietrich Mateschitz. A vaga restante deve sobrar para quem vier com patrocínio. Pagou, levou. Bourdais e Sato já admitiram que não tem tal poder aquisitivo, mas é um dos dois que deve ficar com a vaga, embora Bruno Senna e Rubens Barrichello podem aparecer de surpresa.
Falando nisso, são esses dois, junto com o também brasileiro Lucas di Grassi, que batalham veementemente por um dos carros da Honda - o outro já é de Jenson Button. Rubens parecia ser carta fora do baralho, porém, com sua experiência e dedicação, ainda tem chances. Di Grassi agradou, mas quem surpreendeu mesmo foi Bruno Senna, que não fez feio em sua primeira experiência com um F-1.
E já que pouca gente falou nisso, vale a pena lembrar: pela primeira vez o campeão da GP2 não fará parte da F-1 no ano seguinte, como é o caso de Giorgio Pantano, que deve ter algum campeonato renomado de turismo como destino.
Ressalta-se, então, que faltam equipes e sobram pilotos na categoria. Já não é de hoje que os fãs reclamam que deveria haver mais carros no grid. Vá entender Bernie Ecclestone.
Já foram os tempos em que corredores do naipe de Domenico Schiattarella, Jean Denis Deletraz, Taki Inoue e Philippe Adams aceleravam um Fórmula 1...
Colaborou Thiago Arantes
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